A disputa pela presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) continua movimentando os bastidores do Legislativo fluminense. Enquanto o presidente em exercício André Ceciliano (PT) vem costurando alianças, o presidente estadual do PSL, o senador eleito Flávio Bolsonaro lidera a maior bancada da Casa – com 13 deputados eleitos – e anunciou nesta segunda-feira nas redes sociais que o partido está disposto a abrir mão de encabeçar uma chapa para se juntar com outras legendas para tirar o petista do cargo.
— Importante reunião com a bancada de deputados estaduais do PSL/RJ. A Alerj terá alternativa para disputa da presidência e a bancada, disposta a abrir mão da cabeça da chapa, sinaliza que o importante é o RJ e já articula com outros partidos — disse o filho do presidente Jair Bolsonaro em uma postagem nas redes sociais com uma foto ao lado dos deputados estaduais do PSL, inclusive o campista Gil Vianna.
Após a reunião, os deputados foram proibidos por Flávio de comentar sobre o assunto. Antes dessa decisão, o próprio Gil Vianna, assim como Rodrigo Amorim e Filippe Poubel se colocaram como possíveis candidatos.
Além de Ceciliano e do PSL, também se colocam na disputa Chicão Bulhões (Novo) e Tia Ju (PRB), que já admitiu ter recebido convites para compor a chapa do atual presidente e do deputado Márcio Pacheco (PSC), que aceitou na semana passada o convite do governador Wilson Witzel (PSC) para ser líder do governo na Alerj.
Pacheco ensaiou a candidatura à presidência e até recebeu o apoio da bancada do PSL, mas o nome do deputado vinha esfriando nos bastidores desde que ele foi citado no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontou movimentações financeiras atípicas na ordem de R$ 25 milhões de nove pessoas em seu gabinete.
Após o convite a Pacheco, Witzel – que foi eleito com o apoio de Flávio Bolsonaro – disse na semana passada que não iria se envolver na eleição da Alerj, mas nesta segunda, durante a posse do defensor-geral do Estado, elogiou o petista: “Vossa excelência tem sido parceiro, e tenho certeza que continuará sendo parceiro do governo. Nosso partido é o estado do Rio de Janeiro”.
