Jair cotado na chapa de Ceciliano
Aldir Sales 03/01/2019 19:49 - Atualizado em 10/01/2019 14:51
Os bastidores da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) continuam movimentados. A eleição para a presidência acontece em um mês e os deputados do interior seguem como protagonistas nas especulações para a mesa diretora. Desta vez, segundo o jornal O Globo, o ex-prefeito de Itaperuna e ex-secretário estadual de Agricultura Jair Bittencourt (PP) está cotado para ser o primeiro vice-presidente na chapa do atual presidente em exercício André Ceciliano (PT).
De acordo com a reportagem, a chapa do atual presidente ainda contaria com Renato Cozzolino (PR), como segundo vice; Marcos Muller (PHS), como primeiro secretário; e Samuel Malafaia (DEM), como segundo secretário.
O petista tenta costurar alianças para manter o cargo. Ceciliano assumiu a presidência após a prisão de Jorge Picciani (MDB), em novembro de 2017, na operação Cadeia Velha. No entanto, o senador eleito Flávio Bolsonaro, presidente estadual do PSL, – que elegeu 13 deputados, a maior bancada da Casa – já falou na intenção do partido em tirar o PT do comando da Alerj. Para isso, a legenda ensaiou um apoio a Márcio Pacheco (PSC). No entanto, o deputado do partido do governador Wilson Witzel foi citado no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontou movimentações financeiras atípicas na ordem de R$ 25 milhões de nove pessoas em seu gabinete. Flávio Bolsonaro também foi citado no documento, mas o episódio gerou desgaste para a candidatura de Pacheco, que esfriou nas últimas semanas.
Com o desgaste do deputado do PSC, o PSL trabalha com a possibilidade de lançar uma candidatura própria. Mais votado em outubro, Rodrigo Amorim teve o nome ventilado, assim como Anderson Moraes, Filippe Poubel e do campista Gil Vianna.
Além de Ceciliano e o PSL, a deputada Tia Ju (PRB) também lançou sua candidatura e confirmou que recebeu convites das duas partes para compor as respectivas chapas. No entanto, segundo a parlamentar, ainda não há uma definição.
— Houve, sim, o convite do presidente para compor a chapa. Me foi oferecida a terceira vice-presidência, mas eu quero é comandar a Alerj. Não por vaidade, mas a Alerj precisa da primeira mulher como presidente para retomar a credibilidade. Mas, claro, a decisão final precisa passar por um colegiado. Não é só uma candidatura minha, o partido ainda não definiu. Tenho uma boa relação com o Ceciliano, assim como com todos os demais deputados. Mesmo com ideologias diferentes, conversamos com todos. Não posso negar também que houve o convite para compor com o Pacheco. Hoje, no entanto, o que vemos é uma grande luta de egos e vaidade. Precisamos mudar isso — afirmou a parlamentar do PRB.

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