Fortaleza e interior do Ceará tem quarto dia de ataques
05/01/2019 12:00 - Atualizado em 10/01/2019 17:30
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Pelo quarto dia consecutivo, o Ceará sofre uma onda de ataques criminosos em vários pontos de Fortaleza e cidades do interior. Neste sábado (5), criminosos incendiaram carros em um shopping e em uma concessionária de veículos, atacaram bancos e atiraram contra um supermercado na capital. Os crimes ocorreram mesmo após a chegada de agentes da Força Nacional, enviadas ao Ceará por autorização do ministro da Justiça, Sérgio Moro.
O número de ataques criminosos chegou a 87, desde o início da onda de violência até este sábado. Bandidos queimaram veículos do transporte público; carros de particulares e concessionárias; e atacaram diversos prédios públicos, como bancos, delegacias e prefeituras. Uma bomba foi explodida na coluna de um viaduto na BR 020, em Caucaia, mas o equipamento passou por obras e não corre o risco de desabar.
 
 
Até 13h30 deste sábado, a Secretaria da Segurança do Ceará confirmou que 86 suspeitos foram detidos por envolvimento nos atentados, incluindo adultos e adolescentes. Um casal de idosos e um motorista ficaram feridos.
A equipe da Força Nacional chegou a Fortaleza na noite de sexta-feira, mas só deve atuar nas ruas a partir deste sábado para apoiar as forças de segurança estaduais no combate aos ataques. Por volta das 20h30, a primeira aeronave, Hércules, chegou trazendo aproximadamente 50 homens. Cerca de 200 agentes, vindos de avião, também já desembarcaram na capital cearense durante a madrugada. Outros 98 agentes da Força Nacional vieram dos estados de Sergipe e Rio Grande do Norte.
O Secretário da Segurança, delegado André Costa, afirmou que foram enviadas equipes da Polícia Civil para o interior da Casa de Privação Provisória de Liberdade 3 (CPPL 3), em Itaitinga, onde mais de 250 detentos devem ser autuados por envolvimento em distúrbios na unidade prisional. Até o fim da tarde de sexta-feira, 72 internos foram autuados por desobediência, resistência e motim. A polícia não confirmou se a ordem para os atentados no estado ocorreu de dentro do presídio.

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