Camilla Silva
30/01/2019 20:53 - Atualizado em 31/01/2019 15:05
Um casal de Cardoso Moreira conseguiu na justiça autorização para exumação do corpo da filha, que morreu ainda na maternidade do Hospital Beneficência Portuguesa, em dezembro de 2017. Os pais da criança, Michele Teles de Azevedo e Ted Pereira Marques de Souza, querem realizar exames de DNA porque suspeitam que a filha tenha sido trocada. A informação foi publicada primeiro no blog de Nino Bellieny, hospedado na Folha 1. A decisão é do juiz Heitor Carvalho Campinho, da 1ª Vara de Família da Campos.
A família falou ao blog que as dúvidas da família aumentaram desde o óbito, principalmente depois do acesso ao que seriam comprovantes oficiais, constatando a existência de dois números de prontuários diferentes para a mesma recém-nascida, ato não autorizado pelo Código de Ética Médica.
Segundo a advogada responsável pelo caso, Kenia Quintal, entre os documentos juntados estão três anotações diferentes sobre o óbito e documentos com rasura. “Estamos aguardando uma retificação na autorização dada pelo juiz para fazer o exame o mais rápido possível”, explica.
Segundo a mãe, a recém-nascida foi encaminhada à UTI Neonatal, acompanhada de um pediatra e duas técnicas de enfermagem, com quadro de desconforto respiratório. Entretanto, foi declarado óbito causado por um quadro infeccioso e inatividade cerebral.
A família teve dificuldade para ter acesso ao quadro clínico da filha e para conseguir um pedido de transferência para outra unidade hospitalar: “Quando nossa filha seria transferida para um hospital particular, recebemos uma ligação de um número restrito, informando que Lorenna havia morrido”, disse a mãe. “O pior é a angústia no peito, já faz mais de um ano que não durmo direito, não sei se enterrei minha filha. Se eu estiver certa, e coração de mãe não se engana, minha filha está viva”, continua.
Entramos em contato com o hospital, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.