Camilla Silva
25/01/2019 23:01 - Atualizado em 28/01/2019 13:57
Pais e funcionários do Colégio Estadual José do Patrocínio (Cejopa), que funciona no Parque Leopoldina, em Campos, denunciam que parte do acordo para o funcionamento de uma unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) no prédio anexo à instituição não foi cumprido até o momento. A escola utilizava algumas salas do local para atividades recreativas dos alunos e também funcionava a biblioteca. Segundo profissionais, livros e outros materiais estão espalhados em escadas e outras salas, o que impede a utilização das mesmas. Na escola, estudam, em três turnos, cerca de 1200 alunos, segundo a comunidade acadêmica.
— As salas de artes e recursos do governo federal estão no camarim do auditório, grande parte dos livros nas escadas de acesso ao prédio 1, inutilizando a passagem, a sala de jogos inutilizada com os materiais jogados no lado do auditório. Essa é a situação que se encontram as salas que foram desativadas para ser utilizadas com serviço burocrático do Criaad. Temos que defender os direitos dos nossos adolescentes — afirma a professora Suzana Alencar.
No dia 15 de janeiro deste ano, foi inaugurada, com a presença do governador, uma unidade do Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (Criaad), que atende menores que cumprem medida socioeducativa de semiliberdade. Na autorização de funcionamento da unidade, enviadas por representantes da comunidade acadêmica do Cejopa para nossa equipe, a secretaria de Educação determinou que o Degase ficasse responsável pelo construção de salas e uma biblioteca que estavam sendo utilizadas pela unidade escolar no prédio anexo.
Em nota, o Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) informou que, na autorização de ocupação de parte do Colégio Estadual José do Patrocínio, consta que ficou acertado que a construção da biblioteca, entre outras salas, deverá acontecer “caso não seja possível a realocação desses espaços nas dependências da unidade educacional”.
O Degase informa que seus profissionais estão disponíveis a realizar uma nova vistoria no local juntamente com os professores do colégio e as equipes da Seeduc para analisar eventuais necessidades de obras.