O resultado do exame de corpo de delito da mulher de 35 anos – que teve imagens divulgadas nas redes sociais, seminua, sendo torturada pelo próprio marido, na última sexta-feira (18), em Itaperuna – confirmou nesta segunda-feira (21) agressões na vítima, praticadas com mangueira, sendo caracterizado meio cruel. A informação é do delegado titular da 143ª Delegacia de Polícia (Itaperuna), Rodrigo Maia. O exame foi realizado na última sexta-feira (18), no Instituto Médico Legal (IML) de Macaé, após a vítima ter sido ouvida na 123ª DP (Macaé). O agressor, de 37 anos, morador de Itaperuna, segue preso preventivamente, no mesmo município.
O crime teria ocorrido na noite de segunda-feira (14), na zona rural de Itaperuna. Nas cenas do vídeo, feitas pelo celular da vítima, o homem pratica espancamentos e humilhações, além de obrigar a esposa a dizer que lhe traiu.
O casal vivia junto há 16 anos e tem dois filhos. A família é moradora do bairro Cidade Nova, mas o crime foi praticado próximo de São José de Ubá, onde o marido gravou o vídeo e depois compartilhou nas redes sociais.
A Polícia Civil procurou o suspeito na manhã de quinta-feira (17), mas ele não foi encontrado. Ao fim do dia, se entregou na delegacia, acompanhado de uma advogada. Ele foi encaminhado ao Presídio Diomedes Vinhosa Muniz, sendo enquadrado no crime de tortura e deve ficar preso por 30 dias.
O crime de tortura, previsto em lei especial, se configura quando se constrange alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental,com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa. A pena prevista é de dois a oito anos de reclusão.