Virna Alencar
10/01/2019 20:39 - Atualizado em 11/01/2019 14:40
Agentes do Setor de Operações Especiais (SOE) aprenderam cerca de 40 quilos de drogas, entre maconha e cocaína, além de celulares e chips, com um detento do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos, na manhã desta quinta-feira. Segundo a delegada assistente da 146ª Delegacia de Polícia, em Guarus, Pollyana Henriques, o detendo presta serviço no setor de limpeza do presídio e teria tentado entrar com a droga no momento em que foi descartar o lixo na área externa. Três mulheres foram presas suspeitas de terem levado a droga para o local.
De acordo com a delegada, o Setor de Inteligência do Presídio Carlos Tinoco da Fonseca tomou conhecimento de que havia um esquema para o ingresso de drogas no presídio e passou a redobrar a vigilância nas portarias.
“Hoje, durante o período de visitação, um inspetor penitenciário teve a atenção dele despertada para o comportamento de um detento que atua na função de auxiliar de limpeza, o que é permitido para a progressão de regime. O suspeito pegou o lixo e deixou duas sacolas de lado. Quando os agentes verificaram o conteúdo do lixo que o preso estava manipulando encontraram o material”, disse.
Foram encontrados nove papelotes de cocaína, quatro aparelhos celulares, uma bateria e um carregador de celular, uma balança de precisão, 120 chips de telefonia, duas facas de serra, 44 tabletes grandes de maconha e três tabletes de cocaína.
“Em seguida, os agentes penitenciários foram para o setor de monitoramento da unidade e passaram a verificar as imagens do circuito interno de câmeras. Viram com clareza que três visitantes chegaram ao local e colocaram essa sacola nesse lugar, como se fosse previamente combinado, uma ajudando e dando cobertura a outra, e o preso levaria esse lixo para dentro do presídio”, acrescentou.
Ainda de acordo com a delegada, as três visitantes têm familiares na unidade – uma esposa, outra namorada e irmã de presos. Elas, além do detento, foram conduzidos para a 146ª DP/Guarus.
“Todos foram presos pela prática de tráfico de drogas, com pena majorada por ser praticada dentro de uma unidade prisional e também pelo delito de ingresso de telefone celular em estabelecimento prisional. Em relação aos familiares e companheiros dessas visitantes, vamos instaurar um procedimento para apurar o comportamento deles”, finalizou.