Campos foi considerada a 2ª melhor cidade do Estado para envelhecer com saúde, segundo avaliação do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A superintendência municipal de Envelhecimento Saudável e Ativo informou que fechou o ano de 2018 com mais de 210 mil atendimentos, totalizando 400 mil nos dois últimos anos. Segundo o órgão, o resultado do balanço deve-se à criação, em 2017, da Rede de Proteção Social que implementou projetos que englobam não somente a saúde, mas também a autonomia, a interação social, geração de renda e atividades físicas e esportivas. Para 2019, outros projetos foram incluídos na lista de ações junto com reformas de duas das seis unidades.

Ao longo deste ano, nos seis pontos de atendimento específicos da superintendência, e em clubes da terceira idade e pontos públicos de Campos, foram realizados 14 projetos com mais de 98 mil atendimentos da Rede de Proteção: o 60+ Saúde, Circuito de Equilíbrio, Oficina da Memória, Educação Social Continuada, Cultura & Envelhecimento, Animação Cultural, Tardes Dançantes, Contação de Histórias, Mãos da Sabedoria, Oficinas Gastronômicas, Ecotur Novos Rumos, Turismo Receptivo no Farol, Companhia de Teatro Trelelé e os Jogos da Maturidade — competição inédita no Estado do Rio que movimentou por 45 dias o público em várias partes da cidade.

Além disso, os atendimentos de saúde com médicos especialistas e generalistas somaram mais de 83 mil. O acompanhamento de saúde ganhou mecanismos de reforço, como a Caderneta de Saúde, com 32.732 entregues, e o aplicativo para celular Medex, com 200 downloads gratuitos e treinamento para o uso, sendo a única cidade do Brasil a ter o aplicativo gratuito.

Internamente, o ano também foi marcado pelo início do processo de georreferenciamento dos cidadãos atendidos pelas Casas, um sistema realizado pelo Centro de Informações e Dados de Campos (Cidac), com o objetivo de ajudar a traçar ações nos bairros com maior concentração do público-alvo. Com isso, começaram a ser efetivados o Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável (VES-13) e o teste de Nahas.

Para 2019, todos os projetos realizados pela superintendência de Envelhecimento Saudável e Ativo serão mantidos e outros criados, como o programa de educação básica para o idoso, em parceria com a secretaria municipal de Educação e o Uniflu. O programa compreenderá inclusive alfabetização, mas com o diferencial de apresentar proposta pedagógica contextualizada com temas inerentes aos idosos, como educação financeira e as leis de garantia dos direitos.

Reformas de unidades previstas para 2019 - A colocação de Campos no segundo lugar da pesquisa realizada pelo Instituto da FGV e os números do balanço anual interno são frutos da união entre ações técnicas e o atendimento humanizado.

— Já não esperava mais que pudéssemos receber um trabalho tão bacana como esse que está sendo feito aqui, afinal chegamos a um ponto em que nem casa mais tinha – o Centro Dia foi encontrado fechado há oito meses. Não tinha visto antes um atendimento com tanta boa vontade, atenção e carinho ao idoso. Um avanço enorme, com um atendimento completo. Estamos muito gratos pelo que tem sido feito e a forma como temos sido tratados — disse Daniel Cordeiro, de 64 anos, na ocasião da entrega da nova Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa.

Segundo a superintendente de Envelhecimento Saudável, Heloísa Landim, mais melhorias estão previstas em 2019 como a reforma da Casa de Convivência do Parque Tamandaré, através de emenda parlamentar e já com projeto aprovado para liberação do recurso pela Caixa Econômica, e reforma do Centro Dia do Idoso, pelo Fundo Nacional de Saúde.

— Em 2018, a Casa de Travessão passou para o endereço próprio, reformado e melhor estruturado. Os planos para as Casas integram a proposta de ofertar atendimento digno e amplo iniciado desde 2017, quando o governo reabriu a Casa de Convivência de Dores de Macabu, que estava inativa há oito anos; o Centro Dia do Idoso, fechado por oito meses para hospedagem e a Colônia de Férias do Farol, que também estava inativa, além ampliar o atendimento nas outras unidades — afirmou Heloísa Landim.