A Superintendência municipal de Pesca e Aquicultura (SMPA) acompanha a instalação da primeira fazenda de cultivo intensivo de camarão de Campos e articula a disseminação da atividade entre pequenos aquicultores da região da Baixada Campista. A informação é do superintendente adjunto José Armando Barreto que nesta semana realizou visita técnica na área onde estão sendo instalados tanques e laboratório, na Fazenda São Vicente, na Baixada Campista.
— Trata-se de um grande projeto, altamente profissional, que vai irradiar a atividade entre pequenos aquicultores da região, que vão ter uma nova fonte geradora de emprego e renda. Esse é um modelo produtivo desenhado em nosso Plano Estratégico de Pesca e Aquicultura para o governo Rafael Diniz, e estamos buscando as articulações com os entes produtores e informações técnicas, com visitas a várias fazendas de camarão. Nossa expectativa é transformar o município em um grande polo produtor e exportador — afirmou José Armando.
Na fazenda, quatro dos 12 tanques de superfície projetados já foram instalados, bem como o laboratório para receber as larvas e encaminhar para quarentena. No empreendimento, será utilizada a espécie Litopenaeus vannamei, conhecida como camarão-branco-do-pacífico e altamente produtiva. O crustáceo leva em média de 70 a 80 dias para atingir o ponto de despesca, com cerca de 16 gramas. A expectativa é produzir inicialmente 40 toneladas/mês, atingindo depois 100 toneladas, no pico da produção.
Um sistema de captação de água salgada e água doce vai garantir o controle da salinidade no sistema, que terá ênfase na sustentabilidade. “Usaremos a energia solar, produzida com células fotovoltaicas, para controle da temperatura da água. Isso vai garantir que a fazenda seja 100% autossuficiente e sustentável, permitindo ao empreendimento a concessão do ‘Selo Carbono Zero’ de sustentabilidade”, afirma o consultor técnico Diego Nobre. (A.N.)