Todo ano a história se repete: o brasileiro chega em janeiro, depois de um período de muita celebração e diversão, de gastos com ceia, presentes e viagens, e dá de cara com contas de IPVA, IPTU, material escolar e uniforme das crianças, entre outros gastos. Segundo especialista, para que a ressaca pós-festas não cause muita dor de cabeça, o remédio é preventivo: planejamento financeiro bem organizado se torna essencial, já que existem várias contas nos meses de janeiro, fevereiro e março que precisam ser pagas.

O economista José Alves Neto informou que todo planejamento evita dor de cabeça no futuro. Ele diz que o ideal é guardar de 20% a 30% do 13º para as despesas previstas nos primeiros meses do ano.

— Planejar é o ideal, guardar uma parte do 13º para as despesas que são previstas. Mas se não houve planejamento, a pessoa pode utilizar os parcelamentos dos impostos. O que não se deve fazer é entrar no cheque especial ou pegar empréstimos — informou o economista.

A professora Maria Helena Medeiros tem 3 filhos e uma grande despesa para esse início de ano. Ela seguiu a risca o conselho e economizou e planejou os gastos.

— Todo início de ano é complicado e cheio de despesas. Aqui em casa, por exemplo, a despesa é muito grande, com os impostos obrigatórios e com o material escolar. Por isso, eu e meu marido sempre guardamos o nosso 13º salário para essas despesas. Não gastamos tanto com presentes e vamos tentar parcelar algumas despesas como o material escolar. Mas nem todas as pessoas agem assim, gastam mais do que tem e não planejam as despesas — disse ela.

Mas o frentista Carlos Eduardo Ribeiro não fez reserva e agora terá que economizar para pagar as despesas.

— Vou efetuar os pagamentos todos parcelados, não vejo alternativa. O IPTU vou parcelar em 10 vezes, o IPVA também vou dividir e o material escolar pretendo fazer uma pesquisa de preços. O que tiver o melhor orçamento eu compro e, se possível, parcelo em várias prestações. O que eu não quero é ter que pegar empréstimo e ficar enrolado com mais despesas — disse ele.