A edição de fevereiro da revista Família Cristã, através de reportagem do jornalista Ricardo Gomes, destaca a Cavalhada de Santo Amaro. Na matéria, há opiniões de religiosos e intelectuais ressaltando a importância da preservação do folguedo que representa o diálogo entre a fé e a cultura, através da história preservada pelos moradores do distrito campista.

— Desde a preparação, a Cavalhada reúne processos criativos através da participação dos componentes. É um espetáculo que une fé e cultura. Destaque para o título da matéria “Cavalhada de Santo Amaro: religião e cultura de abraçam”. A Cavalhada na realidade representa esse diálogo entre a fé e a cultura — explica Ricardo.

A reportagem em quatro páginas reúne depoimentos de componentes da Cavalhada que relatam legado que é passado de geração em geração. Ricardo Gomes destaca um pouco das múltiplas histórias da Cavalhada, desde a primeira apresentação em 1730, no Solar do Colégio, até os dias atuais. A revista Família Cristã é uma publicação da Editora Paulinas e circula em todo Brasil.

— Ao divulgar a Cavalhada de Santo Amaro, procuro colocar em destaque um folguedo que começa ainda nos primórdios do processo civilizatório e se mantém preservado pelas famílias da Baixada Campista. Relatos muito interessantes de um jovem que se emociona com a apresentação e conto um pouco do legado das famílias que lutam para não deixar morrer a tradição cultural da Baixada Campista — explicou.

O jornalista conta também um pouco de suas experiências ao acompanhar de perto essa tradição cultural de uma região que tem grande riqueza cultural.

— Desde criança que assisto às apresentações da Cavalhada de Santo Amaro. E a cada ano da apresentação registro um pouco dessas expectativas dos componentes que se emocionam. Um espetáculo que promove a cultura do encontro e da solidariedade entre as gerações. Os mais novos lutam para participar no lugar dos mais velhos que acabam deixando o espetáculo. Magnífico foi o rito de passagem que presenciei em 2015. Miguel Henriques de Carvalho passou o chapéu de capitão ao filho Welligton Luiz, que se comprometeu em levar adiante a missão de continuar esse legado familiar — relata Ricardo.

O jornalista Antônio Filho destaca que Ricardo Gomes, na condição de pesquisador, utilizou a experiência de quem acompanha as celebrações de Santo Amaro há décadas, para registrar esse momento tão especial, representado por diversas gerações de moradores da localidade. Para Campos, a matéria veiculada é relevante, pois contribui para difusão de suas tradições culturais.

— A Cavalhada merece visibilidade, em dimensão nacional, para que todos saibam que ela está viva e se constitui num belíssimo espetáculo histórico — salientou Antônio Filho. (A.N.)