Após uma semana internado, morre, no Rio, o ator Caio Junqueira
23/01/2019 10:30 - Atualizado em 25/01/2019 19:12
Reprodução
O ator Caio Junqueira, do filme 'Tropa de Elite', morreu nesta quarta-feira (23), no Rio, aos 42 anos. Ele sofreu um acidente de carro no Aterro do Flamengo no último dia 16 e, desde então, estava internado no Hospital Miguel Couto. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o ator morreu às 5h15.
Ele dirigia sozinho em direção ao Centro do Rio, perdeu o controle do carro, que subiu o meio-fio, bateu em uma árvore e capotou. Caio ficou preso dentro do veículo, desacordado, e foi retirado com uma fratura exposta.
O ator passou por cirurgias, como uma na mão direita, e apresentava febre. No último sábado (19), a mãe do ator contou, em entrevista, que, mesmo sedado, abriu os olhos e tentou se levantar da cama. "Isso mostra que ele está querendo lutar pela vida", disse.
Caio iniciou a carreira ainda criança e deixou um legado profissional extenso. Ao todo, ele participou de mais de 20 produções televisivas, além de 10 curtas e pelo menos 15 longas.
Seu primeiro trabalho foi em 1984, aos 7 anos de idade. No ano seguinte, fez sua estreia televisiva ao lado de Diogo Vilela e Zezé Polessa no seriado "Tamanho família", da extinta TV Manchete. Naquele mesmo ano, também estreou no cinema, no filme "Com licença, eu vou à luta", de Lui Faria.
O primeiro trabalho na TV Globo se deu em um episódio do seriado "Armação ilimitada", de Guel Arraes, ao lado do irmão Jonas Torres.
A partir daí, ele fez várias séries e novelas na emissora: "Desejo", "A viagem", "Engraçadinha, seus amores e seus pecados", "Hilda Furacão", "O clone", "Um anjo caiu do céu", "O quinto dos infernos" e "Chiquinha Gonzaga" estão entre seus principais trabalhos.
Caio sempre deu grande atenção ao cinema — foram 10 participações em curtas e pelo menos 15 longas. Em 1996, ele venceu o prêmio de ator revelação do Festival de Gramado pela participação no filme "Buena sorte", de Tania Lamarca.
O ator fez parte do elenco de "Zuzu Angel" e "Quase nada", de Sérgio Rezende, "For all — O trampolim da vitória", de Buza Ferraz e Luiz Carlos Lacerda, "O que é isso, companheiro?", de Bruno Barreto, além de "Abril despedaçado" e "Central do Brasil", ambos assinados por Walter Salles.
No entanto, não há dúvidas de que seu personagem mais marcante junto ao público foi o aspirante Neto, oficial recém-formado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, no filme "Tropa de elite", de José Padilha.
Nos últimos anos, Caio participou de novelas e seriados na TV Record e na Fox Brasil. Seu trabalho mais recente foi o personagem Henrique Villa Verde, na série "O mecanismo", da Netflix, quando repetiu a parceria com o diretor José Padilha.
Fonte: G1

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