"A Espiã" no Cineclube Goitacá
Matheus Berriel 16/01/2019 12:30 - Atualizado em 17/01/2019 15:44
Divulgação
Hoje é dia de Cineclube Goitacá! O filme da vez será “A espiã” (Zwartboek, 2006), drama dirigido pelo holandês Paul Verhoeven, com apresentação do engenheiro mecânico Peter Lamers, também natural da Holanda, mas residente em Campos. A sessão, com duas horas e 25 minutos de duração, está marcada para as 19h, na sala 507 do edifício Medical Center, no Centro de Campos, com entrada gratuita. Após a exibição, haverá debate sobre o longa-metragem.
De acordo com Peter Lamers, “A espiã” relata a história da cantora judia Rachel Stein, interpretada por Carice van Houten, que fica escondida numa fazenda no Norte da Holanda para se livrar da perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Após a fazenda ser destruída num bombardeio, ela fica sem lugar para morar, mas é ajudada por um pescador que conheceu. Através do contador de sua família, uma pessoa de confiança, Rachel consegue embarcar à noite num navio de pesca para atravessar uma lagoa. O objetivo é chegar numa província segura, em busca de outro local para se esconder. O barco, no entanto, acaba sendo interceptado por uma patrulha alemã, mas Rachel fica como a única sobrevivente.
Revoltada com os acontecimentos, a personagem principal entra para a resistência, passa a usar outro nome e começa a atuar como espiã. Daí em diante, acaba desenvolvendo uma certa atração por um oficial da Tropa de Proteção (SS). Uma vez trabalhando dentro dos escritórios dos alemães, inicia seu plano de vingança. Uma missão perigosa, com muitas reviravoltas.
— Escolhi este filme porque os membros do Cineclube Goitacá me pediram para apresentar um filme de um diretor holandês. Assim, não temos muito escolha, e o Paul Verhoeven é um dos mais conhecidos internacionalmente. Dentre dos filmes dele, “A espiã” é o meu favorito, porque reconheço vários elementos no filme que meus pais sempre falaram para mim sobre a Segunda Suerra. Inclusive, na fazenda do meu avô, pai do meu pai, ficaram escondidas varias crianças judias até acabar a guerra. As crianças foram da cidade de Haarlem, perto de Amsterdã, reduto dos judeus na Holanda. Meu pai lutou junto como irmão dele no combate de Arnhem, batalha muito conhecida e lembrada em filmes como “One Bridgetoo far” — disse Peter Lamers. “A Espiã” recebeu diversos prêmios de cinema nos Países Baixos, com destaque para o Bezerro de Ouro de 2016, nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Clarice van Houten) e melhor diretor (Paul Verhoeven), e o Rembrandt de 2017, também como melhor filme.

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