Crianças têm aulas de programação de jogos
15/01/2019 17:02 - Atualizado em 17/01/2019 15:42
Tudo o que Philipe Combat Costa, 7 anos, e Naiara da Silva, 8, querem é aprender a programar jogos no estilo Robox, que exigem raciocínio para planejar os movimentos. É assim que eles vão passar as duas últimas semanas das férias escolares junto com mais 148 crianças, de 6 a 10 anos, inscritos na II Escola de Verão de Programação, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no campus Macaé. Os alunos do projeto aprendem brincando no Laboratório de Informática da Graduação (LIG), na Cidade Universitária. As aulas foram abertas nessa terça-feira (15) e prendem a atenção da garotada.
Foram oferecidas 150 vagas, para crianças alfabetizadas, mas a procura foi tanta, que foram abertas mais turmas do que o previsto, e alguns ainda tiveram de ficar em lista de espera. O curso é gratuito e acontece duas vezes por semana, para cada turma, com duas horas de aula por dia, até primeiro de fevereiro. No total foram inscritas 245 crianças.
“Quero aprender a fazer muitos jogos como o Robox porque é o que mais gosto”, disse Philipe, aluno do terceiro ano do Colégio Engenho da Praia. A colega de curso, Naiara, do Centro Educacional Radan, nem bem começou o curso e já queria aprender a instalar o Robox no seu computador. “Gosto muito de jogos, como o lego, e esse é parecido; aqui vou aprender a programar um desse. Muito legal”, falou.
A escola é organizada pelos monitores, alunos do curso de Engenharia da UFRJ-Macaé, do projeto de extensão Aprenda a Programar Jogando. A coordenadora do projeto, professora Janaína Gomide, explicou que as vagas foram preenchidas por ordem de inscrição, de acordo com o horário escolhido no formulário. “A ideia é atingir novas crianças para multiplicar o conhecimento do programa, por isto, não conseguiu vaga o aluno que já participou de minicurso com o projeto ou não sabe ler e escrever. Quem não conseguiu vaga no horário desejado está automaticamente na lista de espera e poderá ser chamado para participar de outra turma, no caso de desistências”, esclareceu.
A Escola de Verão tem o objetivo de proporcionar um ambiente dinâmico e interativo no qual os alunos aprendem sobre programação de computadores de forma divertida durante as férias escolares. As aulas têm um tema principal, uma dinâmica que mostra o tema na realidade das crianças e uma atividade no computador onde elas praticam o conceito aprendido. O projeto oferece ainda minicursos, oficinas, pesquisas e tutoriais.
A primeira escola, em 2018, contou com a participação de 58 alunos — este ano as vagas quase triplicaram. Informações sobre projeto estão em aprendaprogramar.macae.ufrj.br. (A.N.)

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