Foi sepultado nesta quinta-feira (27), na cidade de Serra, no Espírito Santo, o corpo do ex-governador capixaba e ex-senador Gerson Camata (MDB), assassinado a tiros nessa quarta (26) na Praia do Canto, em Vitória. Durante a manhã, o velório atraiu milhares de pessoas que chegaram a fazer fila para entrar no Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado.
Autoridades como os ex-governadores Max Mauro, Vitor Buaiz, o próprio governador, Paulo Hartung, e o governador eleito, Renato Casagrande estiveram no local. Prefeitos e deputados também compareceram ao Palácio.
Às 14h47, o corpo do ex-governador saiu sob aplausos e seguiu em cortejo fúnebre no caminhão do Corpo de Bombeiros pelas principais ruas da capital do Espírito Santo. Rita Camata, esposa do ex-governador e ex-deputada federal, precisou ser amparada por amigos e familiares.
Com a chegada do cortejo no Cemitério de Serra, Rita e o atual governador Paulo Hartung se emocionaram. Chorando, o governador entregou as bandeiras do Espírito Santo e do Brasil para a viúva. Com toque de silêncio realizado pela Polícia Militar, o corpo de Gerson Camata foi sepultado às 16h21. Uma multidão participou da cerimônia.
Uma disputa judicial pode ter sido a principal motivação para que o ex-assessor parlamentar Marcos Venício Moreira Andrade, 66 anos, assassinasse a tiros Gerson Camata. Segundo a secretaria estadual de Segurança Pública, Andrade usou uma arma não registrada para balear Camata.
Preso, Andrade admitiu o crime e revelou às autoridades policiais que fora condenado a pagar cerca de R$ 60 mil ao ex-governador, em uma ação judicial movida pelo político. O secretário estadual de Segurança Pública, Nylton Rodrigues, revelou que o ex-assessor alegou ter procurado Camata para “tirar satisfação” pelo prejuízo financeiro.
— Neste encontro, iniciou-se uma discussão verbal, momento em que o Marcos Venício sacou uma arma e efetuou o disparo que vitimou o nosso ex-governador — informou Rodrigues. (A.N.)