O ministro Sebastião Reis, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu, nessa quarta-feira (19), liminar a favor do ex-procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro Cláudio Lopes. Ele estava preso desde o dia 8 de novembro na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Lopes é acusado pelo Ministério Público fluminense de receber cerca de R$ 7 milhões para “blindar” a organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
A defesa de Lopes havia entrado na semana passada com um pedido de Habeas corpus no tribunal solicitando a soltura. O despacho é do desembargador Sebastião Reis, que impôs medidas restritivas em substituição à prisão.
O advogado de Cláudio Lopes, José Carlos Tórtima, disse que considerou a decisão justa e afirmou acreditar que o ex-procurador-geral seja solto logo. Até o fechamento da edição dessa quarta-feira (19), isso ainda não tinha acontecido.
Logo após a prisão do ex- procurador-geral, surgiu a informação de que Lopes teria pressionado uma promotora do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por informações sobre uma investigação que envolve a Prefeitura de Campos.
A informação consta em um parecer do Ministério Público (MP) que reforçou o pedido de manutenção da prisão preventiva de Cláudio Lopes, no início de novembro. Na ocasião, a Prefeitura de Campos informou, através de nota, estar disponível “para qualquer esclarecimento que se faça necessário”. (S.M.) (A.N.)