Depois de ser criticado pela decisão de extinguir a secretaria de Estado de Segurança, o governador eleito Wilson Witzel (PSC) anunciou nesta segunda-feira a criação de uma pasta temporária até junho de 2019 para a transição da atual secretaria para a futura estrutura de governo.

Durante a campanha, Witzel prometeu acabar com a secretaria de Segurança Pública e elevar as polícias Civil e Militar ao status de secretaria, o que foi amplamente criticado pelo atual responsável pela pasta, general Richard Nunes, e o interventor federal, general Braga Neto.

A secretaria temporária será comandada pelo engenheiro civil Roberto Motta. Ele foi candidato a deputado federal pelo PSC na última eleição, mas, com 17.089 votos, ficou na segunda suplência da legenda.

O prazo da secretaria temporária até junho, segundo a equipe do futuro governo, quando a intervenção, por meio de um gabinete instalado no Comando Militar do Leste, concluirá a consolidação das aquisições feitas com os recursos federais que estão sendo empenhados até 31 de dezembro deste ano.

No último domingo, em entrevista ao jornal O Globo, Braga Neto disse que Witzel teria nomear um interlocutor para a mudança porque “as Forças Armadas não tratam de transição com comandante de polícia’’.