O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) atendeu um pedido do Ministério Público Estadual (MP) e suspendeu o mandato do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), preso na última segunda-feira acusado de receber cerca de R$ 11 milhões em propina de empresários do transporte público. A Lei Orgânica do município prevê uma nova eleição em caso da vacância do cargo por 90 dias nos três primeiros anos de mandato. Nesta terça-feira, o presidente da Câmara de Vereadores e prefeito interino, Paulo Bagueira, se reuniu com secretários municipais e garantiu que os serviços prestados à população não serão interrompidos.
Bagueira assumiu diretamente o cargo porque o vice-prefeito eleito em 2016, Comte Bittencourt (PPS), renunciou ao posto para concorrer como vice na chapa de Eduardo Paes (DEM) ao Governo do Estado.
Segundo nota enviada pela Prefeitura, Bagueira chegou cedo ao local e “se reuniu com secretários municipais para tomar conhecimento do andamento dos principais programas e projetos desenvolvidos por cada pasta”. Ele também despachou com assessores e “assegura que todos os serviços prestados à população continuarão funcionando normalmente e os cronogramas de obras e projetos serão cumpridos”.
A Câmara Municipal, que era presidida por Bagueira, confirmou que o ofício do desembargador Luiz Noronha Dantas que suspendeu o mandato de Neves foi lido na segunda-feira mesmo, em sessão extraordinária dos vereadores.
A operação Alameda prendeu o prefeito de Niterói, o operador financeiro do esquema, Domício Mascarenhas, e os presidentes dos consórcios de ônibus Transoceânica, João Félix, e TransNit, João dos Anjos. Eles foram encaminhados para o presídio José Frederico Marques, em Benfica. (A.S.) (A.N.)