Bolsonaro diplomado no TSE
10/12/2018 16:44 - Atualizado em 14/12/2018 15:00
Bolsonaro ao lado da ministra Rosa Weber
Bolsonaro ao lado da ministra Rosa Weber / Agência Brasil
Em discurso na cerimônia de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que governará para todos, sem distinção. Ele afirmou, também, que o poder popular “não precisa mais de intermediação”. Foi uma alusão a sua vitoriosa campanha eleitoral, que se apoiou, principalmente, nas redes sociais. Já a presidente da Corte Superior, ministra Rosa Weber, destacou o valor dos instrumentos internacionais de garantia dos direitos humanos e das liberdades individuais, e a importância de se assegurar o direito das minorias em um regime democrático.
Bolsonaro afirmou que governará para os mais de 210 milhões de brasileiros - ele foi eleito pela maioria dos votos válidos, 57,7 milhões. E pediu a confiança daqueles que não votaram nele. Também afirmou que o voto popular é um “compromisso inquebrantável”. Segundo ele, a construção de uma nação mais justa depende da “ruptura de práticas que retardaram o progresso no país”, como mentiras e manipulação.
— A partir de 1º de janeiro, serei o presidente dos 210 milhões de brasileiros. Governarei em benefício de todos sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião — afirmou o presidente eleito.
Bolsonaro disse que a diplomação representa o reconhecimento da decisão do eleitorado brasileiro, em “eleições livres e justas”. Agradeceu o trabalho da Justiça Eleitoral, o apoio da família e os 57 milhões de votos. Em primeiro lugar, agradeceu a Deus por estar vivo, após ter sido esfaqueado no início da campanha eleitoral.
O presidente eleito afirmou, ainda, que cumprirá sua determinação de transformar o país em um local de justiça social. “Eu me dedicarei dia e noite a um objetivo que nos une: a construção de um Brasil próspero, justo, seguro e que ocupe o lugar que lhe cabe no mundo”.
Para o presidente eleito, as novas tecnologias demonstraram sua força nas urnas. “As eleições de outubro revelaram uma realidade distinta das práticas do passado. O poder popular não precisa mais de intermediação. As novas tecnologias permitiram uma eleição direta entre o eleitor e seus representantes. Esse novo ambiente, a crença na liberdade, é a melhor garantia dos ideais que balizam a nossa Constituição”, disse.
Já a presidente do Tribunal lembrou que a diplomação de Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão, estava ocorrendo em uma data de especial importância na história da luta permanente da humanidade pela conquista e preservação dos seus direitos básicos e inalienáveis. No caso, o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A ministra assinalou que, em um país com tantas desigualdades como o Brasil, refletir sobre esses documentos “não constitui mero exercício teórico, mas necessidade inadiável que a todos se impõe, governantes ou governados”. Daí o alto significado do Dia Internacional dos Direitos Humanos, de acordo com a magistrada.
Moro: não cabe ao ministro opinar sobre fato concreto
O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou, nesta segunda-feira, que não cabe a ele dar explicações sobre relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a respeito de movimentação financeira atípica de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho de Jair Bolsonaro.
De acordo com Moro, não cabe a ministro da Justiça opinar sobre casos concretos: “Estes fatos têm que ser esclarecidos. O presidente já apresentou alguns esclarecimentos. Tem outras pessoas que precisam prestar os seus esclarecimentos. E o fatos, se não forem esclarecidos, têm que ser apurados. Eu não tenho como assumir esse papel”, disse Moro, após ser questionado sobre o assunto.
(S.M.) (A.N.)
 
 

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