O advogado Tony Lo Bianco foi preso, na manhã desta segunda-feira (10), a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Ele é suspeito de tentar atrapalhar a investigação do esquema criminoso que envolve o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), pedindo a destruição de provas. A prisão foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A ligação telefônica suspeita foi feita no dia da prisão de Pezão, no último dia 29, entre Tony Lo Bianco e Cézar Amorim.
Lo Bianco é advogado da empresa Kyocera, que venceu a licitação para as obras do Arco Metropolitano. Cézar Amorim é sócio da High Control Luiz, que realizou a obra de iluminação do Arco Metropolitano. Segundo as investigações, as obras foram feitas em troca de propina.
Na ligação interceptada, Tony Lo Bianco deixa um recado na secretária eletrônica de Cézar Amorim. Cézar, que já havia sido preso na Operação Boca do Lobo, não atendeu ao telefonema. No recado, Tony pede para Cézar procurar Sérgio Beninca e apagar provas.
Além da prisão, houve busca e apreensão nas residências de Tony e de Sérgio Beninca.
“Verifica-se, assim, um quadro de intricadas relações envolvendo membros da Orcrim (Organização Criminosa) e, pior, com a destruição de provas a demonstrar a necessidade da custódia cautelar”, pontua Raquel Dodge, em um dos trechos da petição.