Paula Vigneron
21/12/2018 22:23 - Atualizado em 25/12/2018 12:46
A partir de 2019, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferecerá duas novas formas de tratamento contra o HPV: os cremes podofilotoxina e imiquimode, que serão utilizados em pacientes com lesões decorrentes da doença. Ainda não há previsão da chegada dos medicamentos à população, mas o Ministério da Saúde terá até 180 dias para disponibilizar os fármacos. Enquanto isso, a cidade de Campos também inovará no tratamento. Além da aplicação de ácido nas lesões, no próximo mês, o Centro de Doenças Infecciosas e Parasitárias (CDIP) iniciará o tratamento com auxílio de bisturi elétrico. No entanto, especialistas alertam que a prevenção é a melhor opção.
Coordenadora do CDIP, Paula Alvarenga explicou que o paciente pode perceber a manifestação do HPV por meio de verrugas, que aparecem na área genital e no ânus e precisam ser removidas.
— Quando o paciente passa a manifestar a doença — por meio de verrugas, que, dependendo da gravidade, podem ser até cirúrgicas —, ele é encaminhado para o nosso Centro. Atualmente, nosso tratamento é feito com ácido, que é aplicado com cotonete em cima da lesão. O paciente vem a sete dias para ser reavaliado, até eliminá-la definitivamente. E, a partir de janeiro, nós teremos um novo urologista, que, ao invés do ácido, nos solicitou um novo método, com um bisturi elétrico e anestesia local.
Vacina - O Papilomavírus Humano, conhecido como HPV, é uma infecção transmitida sexualmente ou por contato pele a pele. Para prevenir a doença, meninos, com idades entre 11 e 13 anos, e menina, entre 9 e 14, devem tomar a vacina, que, em Campos, é aplicada na secretaria de Saúde. Caso não seja tratada desde o princípio, o HPV pode evoluir, levando o paciente a desenvolver câncer de pênis ou de colo de útero.
De acordo com a Vigilância em Saúde da secretaria municipal de Saúde (SMS), a vacina contra o HPV faz parte do calendário de vacinação e pode ser encontrada diariamente no Centro de Saúde. Em 2018 foram imunizadas 20.748 crianças, até agora. Em 2017, 21.301 doses foram aplicadas. Em relação às pomadas, ainda não foi passada nenhuma informação pelo Ministério da Saúde sobre o recebimento do medicamento.