O Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural do Município de Campos (Coppam) voltou a receber, nesta terça-feira, o representante da família proprietária do prédio do antigo Hotel Flávio, no Centro, interditado pela Defesa Civil após desabamento de parte das estruturas internas no dia 25 de junho deste ano. Paulo Marques de Mendonça Lima, sobrinho de Zilda Carneiro da Silva, já falecida, que era dona do prédio, foi questionado pelos membros do Conselho sobre as medidas para proteger o imóvel das chuvas de verão.
— Os riscos aumentam com a chegada do período chuvoso. E antes de pensar na fachada do prédio, a preocupação maior é com a preservação de vidas — destacou a presidente do Coppam, Cristina Lima, também presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). “Temos a possibilidade de índices de chuva de até 450mm nos meses de janeiro e fevereiro. E em caso de chuva com vento, os riscos aumentam”, completou o coordenador da Defesa Civil Municipal, Edison Pessanha.
Paulo Marques lembrou que antes do desabamento de parte da estrutura interna, a recuperação total do prédio, construído no Século XIX, havia sido avaliada entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões, e que com o estado atual do imóvel, localizado na rua Carlos de Lacerda, não saberia estimar o custo. Ele foi aconselhado a buscar parcerias para executar o serviço, oferecendo o imóvel em troca da realização da obra. A orientação foi aceita.
— Já tenho um contato agendado com uma imobiliária e espero avançar na negociação. O mais importante agora é acertar logo a construção de uma estrutura tubular, com telhas transparentes, para evitar que a chuva comprometa ainda mais as estruturas. Vou tentar a negociação e manter o Conselho informado — explicou o representante dos herdeiros.
Participaram da reunião como conselheiros o arquiteto Eduardo Leal, da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana; João Pimentel, do Instituto Histórico e Geográfico de Campos; Marcos Geovane Ribeiro, da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental; Felipe Mothé, representando a Câmara de Vereadores, e Fellipe Godoy, assessor Jurídico da FCJOL. (A.N.)