Obras em edifício interditado na Pelinca ainda não começaram
Virna Alencar 06/12/2018 21:52 - Atualizado em 07/12/2018 15:39
Doze dias após o Edifício Vollare, situado na rua Mariano de Brito, na Pelinca, em Campos, apresentar problemas estruturais e precisar ser interditado pela Defesa Civil, ainda não há previsão de início da obra de estabilização e retorno das 28 famílias que residem no prédio. A informação é do coordenador da Defesa Civil, major Edison Pessanha. Enquanto isso, o condomínio e a Construtora Dac Construções e Pavimentações LTDA – EPP trocam farpas em notas de esclarecimento, como vem sendo publicado no blog Ponto de Vista, de Christiano Abreu Barbosa, hospedado no Folha 1. Na tentativa de explicar o ocorrido, uma coletiva de imprensa, convocada pela comissão de obra do condomínio, está prevista para esta sexta-feira, às 10h, no próprio edifício.
Além da comissão de obra do condomínio, estarão presentes no encontro o corpo técnico responsável pela obra e a Defesa Civil Municipal. Nesta quinta-feira, major Edison Pessanha falou que até então não há previsão para início das obras no prédio, que passou por escoramento como medida emergencial. “Ainda não há previsão para o início das obras. Por enquanto, o prédio está estabilizado”, garantiu.
O imóvel só será liberado depois que empresa de engenharia concluir a obra de estabilização. O edifício de 14 andares e de alto padrão, que foi entregue há 11 anos, foi evacuado depois que um pilar estrutural da garagem, no segundo piso, sofreu uma ruptura assustando os moradores.
Na edição impressa do último domingo (2) do jornal Folha da Manhã e republicada no blog Ponto de Vista, na segunda-feira (3), o Condomínio Edifício Vollare publicou uma nota oficial de esclarecimento na qual repudia os termos da versão da Dac Construções e Pavimentações LTDA – EPP, que foi publicado no último dia 26 de novembro, no mesmo blog. Nesta quarta-feira (5), a Construtora emitiu uma nova nota, em resposta ao esclarecimento prestado pelo Condomínio.
A nota de repúdio do Condomínio informa que a Construtora não atendeu aos parâmetros de segurança obrigando o Condomínio a socorrer-se do judiciário. “Os vícios construtivos sempre foram tratados de forma irresponsável pela Construtora, como meras rachaduras/trincas, e quando do agravamento, ao argumento de que não era mais responsável pelos reparos, pois se tratava de falta de “manutenção” se recusou a efetuar as intervenções necessárias, o que ensejou a propositura de ação judicial, a qual encontra-se aguardando laudo pericial judicial”.
Outro argumento apresentado foi de que a Dac nunca esteve acessível ao Condomínio e nunca disponibilizou uma equipe de engenheiros gabaritados no assunto.
Já a nota de esclarecimento emitida pela construtora diz que sempre esteve acessível ao condomínio vindo a disponibilizar uma equipe de engenheiros gabaritados, que após a avaliação da extensão do ocorrido, concluíram pela inexistência de risco iminente, dando início aos reparos.
Na nova nota, a construtora acrescentou que “após aproximadamente 07 (sete) anos de entrega do empreendimento, o condomínio acionou a construtora para mostrar fissuras que começaram a surgir “coincidentemente”, logo após a construção de um prédio de grande porte que foi erguido nas proximidades do condomínio Vollare”.
Causas prováveis estão sendo analisadas pela construtora tais como: possível alteração dos lençóis freáticos em decorrência do prédio vizinho, ou pela própria natureza, além do comprometimento do concreto utilizado fornecido por uma empresa multinacional.

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