A temperatura aumenta e a preocupação com gripes e pneumonias diminui. O número de casos costuma cair nesta época do ano, mas, segundo o diretor do Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI), Luiz José de Souza, é preciso manter a atenção para evitar a pneumonia e a gripe, que podem levar à morte. “São doenças que ocorrem o ano inteiro”, explica. Durante todo o ano de 2017, 1.644 casos foram registrados, de acordo com a secretaria de Saúde de Campos. Em 2018, até setembro, foram 1.207 casos. Os dados de outubro e novembro ainda estão sendo contabilizados.

A permanência de pessoas em locais fechados pode aumentar o número de infectados. Nos períodos mais quentes, o hábito do uso de ar condicionado estimula o ressecamento da mucosa nasal, que facilita a chegada dos vírus e bactérias aos pulmões. Além disso, o médico lembra a reação térmica: o hábito de permanecer com roupas molhadas também pode levar a um quadro desse tipo.

Uma dica importante é cuidar dos aparelhos de ar condicionado, que podem espalhar vírus e bactérias de pessoas doentes pelo ambiente, funcionando como um vetor de transmissão de germes. O mesmo ocorre com os ventiladores. “É necessário manter os ambientes sempre limpos”, completa.

Luiz José explica que a pneumonia pode ser bacteriana ou viral. Pessoas com fragilidades imunológicas, como crianças, idosos, tabagistas e doentes crônicos, merecem atenção especial. Um dos principais mecanismos de defesa é manter em dia a vacinação contra a gripe, já que ela pode evoluir para casos mais graves.

— Para prevenir a gripe, além de cuidados básicos, é fundamental a imunização. O ministério da Saúde realiza campanhas de vacinação em todo o país para prevenir a gripe, principalmente nos grupos de risco — alerta.

Vacina — Entre os grupos prioritários para receber a vacina estão: indivíduos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores, indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, detentos e funcionários do sistema prisional. Na campanha deste ano, em Campos, além do grupo prioritário, doses foram disponibilizadas para toda a população.