Prefeito de Laje recebe diploma
Aldir Sales 19/11/2018 20:47 - Atualizado em 24/11/2018 17:41
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O prefeito eleito de Laje do Muriaé, José Eliezer (MDB), e o vice, José Maria Sanhaço (MDB), foram diplomados nesta segunda-feira na Justiça Eleitoral de Miracema, que também é responsável pelo município. A posse está marcada para esta terça-feira, às 19h, na Casa de Cultura.
Os eleitores do município no Noroeste Fluminense foram às urnas no último dia 28 de outubro no segundo turno das eleições gerais e também para escolher o novo prefeito, depois que o eleito em 2016, Dr. Rivelino (PP), teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por compra de votos e abuso do poder político durante a campanha. Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A sentença do tribunal diz que Rivelino tentou comprar o voto da filha de uma eleitora ao prometer entregar um portão e construir um muro. A decisão da Corte Regional também determinou a inelegibilidade do réu por oito anos.
No entendimento do TRE, em seu primeiro mandato, Dr. Rivelino também praticou abuso de poder político ao realizar nomeações para cargos em comissão com desvio de finalidade. Em nota à imprensa, o prefeito negou que tenha cometido qualquer irregularidade. Na nota, o ex-prefeito destacou que “apesar de respeitar a decisão do colegiado, impetrará as medidas judiciais cabíveis no TSE por entender que o julgamento se baseou em premissas equivocadas e que não correspondem à realidade dos fatos”.
Após o afastamento do prefeito, quem assumiu interinamente a Prefeitura foi o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos José Freitas, o Cazé (Pode). Ele chegou a lançar sua candidatura à reeleição. No entanto, uma polêmica envolvendo o seu vice, Lucas Terra, mudou completamente o jogo político em Laje e pode ter influenciado a decisão da eleição suplementar.
O presidente da Câmara renunciou à candidatura e anunciou apoio a Eliezer, que venceu com uma pequena margem para o segundo colocado. Pelas redes sociais, Terra disse que se sentiu enganado e anunciou apoio a Pestana (PP), do mesmo partido de Rivelino. “Dei meu sangue pelo 19 (número de Cazé), mas não contava que estava sendo enganado. A gente estava no 19 e trabalhando para outro. Comprovadamente existia um complô contra nós. Isso para mim é inadmissível. Agora vou declaradamente votar no Pestana porque não foi o grupo dele que fez esse complô”.
No entanto, Cazé disse que não entendeu o distanciamento de Terra. “O meu vice se afastou de mim. Ele está tentando me denegrir, mas não entendi o motivo. Não tenho provas, mas acho que ele não estava querendo apoiar nossa candidatura desde antes”.

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