O desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), Abel Gomes, converteu em preventiva parte das prisões resultantes da operação Furna da Onça, desencadeada na última quinta-feira. Desdobramento da operação Cadeia Velha e deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio, a ação investiga suposto esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada, principalmente no Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ). Sete deputados estaduais foram presos, além de três que já estavam custodiados desde ano passado.
Na decisão, Abel Gomes decretou que os deputados André Correa (DEM), Coronel Jairo (MDB), Chiquinho da Mangueira (PSC), Marcos Abrahão (Avante), Luiz Martins (PDT) e Marcus Vinicius Neskau (PTB) passassem à prisão preventiva. Também foi confirmada a prisão preventiva dos deputados Paulo Melo, Jorge Picciani e Edson Albertassi, os três do MDB, e que já estavam presos em decorrência da operação Cadeia Velha.
A prisão temporária tem prazo de cinco dias, prorrogável por mais cinco, e é usada para assegurar a coleta de provas. Já a preventiva não tem prazo predefinido e é um recurso usado pela justiça para impedir novos crimes e preservar o inquérito.
O deputado Marcelo Simão (PP) será liberado, mas a decisão determina que ele fique proibido de frequentar a Alerj e que entregue seu passaporte à Justiça.
Também teve prisão convertida em preventiva o ex-secretário de Governo Affonso Henrique Monerat, assim como Daniel Marcos Barbirato de Almeida, que é enteado do deputado Luiz Martins; José Antonio Wermelinger Machado, chefe de gabinete de André Correa; e Leonardo Mendonça Andrade, assessor do deputado Marcos Abrahão. Os assessores de Paulo Melo, Andreia e Fabio Cardoso do Nascimento, tiveram a prisão preventiva decretada na mesma decisão. (S.M.) (A.N.)