Morre, aos 70 anos, o advogado Luiz Edmundo Cardoso Barbosa
Victor Azevedo 28/11/2018 21:30 - Atualizado em 29/11/2018 18:48
Morreu, no final da tarde dessa quarta-feira (28), em Niterói, aos 70 anos, o advogado tributarista Luiz Edmundo Cardoso Barbosa, irmão mais novo de Aluysio Cardoso Barbosa, fundador do jornal Folha da Manhã, falecido em 2012. Luiz Edmundo teve complicações decorrentes de um câncer. O velório do advogado aconteceu, nesta quinta-feira (29), na Capela 2 do cemitério Parque da Colina, também em Niterói. Luiz Edmundo deixa esposa e duas filhas, que também são advogadas.
No final de 2016, o advogado operou um tumor no cérebro. Após a cirurgia, houve uma regressão na doença e uma boa recuperação. Mas, neste ano, depois do aniversário de 70 anos, comemorado em fevereiro, voltou a sofrer com efeitos da doença e foi diagnosticado com uma metástase pulmonar. Ele estava internado quando sofreu uma parada cardíaca.
Sobrinho de Luiz Edmundo e diretor de redação da Folha da Manhã, Aluysio Abreu Barbosa destacou que seu pai, Aluysio Cardoso Barbosa, tinha com o irmão mais novo uma relação de pai e filho.
— Era o irmão caçula de papai. Papai era o segundo mais velho e tinha com ele uma relação de pai e filho. Depois da morte do pai deles, Luiz Edmundo, mesmo sendo mais novo, assumiu o papel de referência patriarcal da família. Tinha o temperamento forte, mas um coração maior do que ele. Venceu por méritos próprios, se formou em Direito e era considerado um dos maiores advogados tributaristas do Brasil. Tinha paixão por cavalos. É uma paixão da família. Papai começou em jornalismo cobrindo turfe. E o Luiz Edmundo chegou a ter um dos maiores criatórios de cavalos de corrida puro-sangue inglês do Rio de Janeiro — ressaltou.
Diretor financeiro do Grupo Folha, Christiano Abreu Barbosa, além de sobrinho, era afilhado de Luiz Edmundo e também ressaltou o jeito patriarcal do advogado.
“Muito triste. Apesar de tio Luiz ser o mais novo da família, ele agia como se fosse o patriarca. Sempre assumiu esse papel. Além de tio, era meu padrinho e sempre aconselhou a todos da família. Cuidou da minha avó, das suas irmãs e de papai. Ele tinha loucura por papai. Era também um advogado muito bem sucedido. Vai fazer muita falta para toda família”.
Luiz Edmundo era dono de um grande stud de cavalos, no Jockey Club do Rio de Janeiro. O local se chamava "Capitão", em homenagem ao seu pai, Domingos Barbosa. Segundo o radialista e chargista Marco Antônio Rodrigues, primo de Luiz, ele era um dos advogados tributaristas mais conceituados do país.
— Ele saiu de Campos nos anos 70 para estudar e se formar na Faculdade Nacional de Direito. Desde então, formou uma das carreiras mais brilhantes da área, tendo clientes dos Estados Unidos e também da Europa. Ele era uma pessoa extremamente íntegra, amigo dos amigos, cultivava a amizade como poucas pessoas— ressaltou.

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