As buscas pelos corpos de dois jovens que, segundo denúncia chegada à 134ª Delegacia de Polícia de Campos, teriam sido assassinados na comunidade da Chatuba, mobilizando uma operação conjunta entre as polícias Civil, Militar e a Guarda Civil Municipal na última sexta-feira (16) estão encerradas até o surgimento de novos indícios. A informação é do delegado adjunto da 134ª DP, Pedro Emílio Braga. A operação foi deflagrada após informação de que dois homens, que seriam de Minas Gerais e estariam em Campos a serviço do tráfico, teriam sido assassinados e enterrados nos arredores da comunidade, no Parque Aurora. Mesmo com a mobilização para conferir a denúncia, o delegado disse que as informações não foram claras.

— O que temos são informações relativamente superficiais sobre o fato, ou seja, que não confirmam se o fato aconteceu e se os corpos se encontram naquela área. Estamos em fase de levantamento, para que possamos direcionar as próximas missões da polícia. A equipe retornará com as buscas mediante um fato novo. Por isso, pedimos a colaboração das pessoas para que mediante alguma suspeita entrem em contato com a polícia — disse.

Os jovens teriam sido mortos e enterrados em área próxima ao condomínio Osvaldo Gregório, no Parque Aurora, onde fica a comunidade, após uma apreensão, ocorrida na comunidade, no início da última semana, em que três rapazes foram detidos. Eles seriam olheiros e teriam dormido na hora da ação da PM.

O delegado disse que a área já possui uma tradição de conflitos ligados ao tráfico entre pessoas do Parque Aurora e outras estabelecidas na comunidade da Chatuba. “Cada fato de homicídio e tráfico de drogas é reprimido pelas polícias militar e civil, mas a mancha criminal é um ciclo que dificilmente conseguimos parar. Existem momentos em que a rivalidade se acirra mais, novos integrantes passam a atuar nessas organizações criminosas e isso faz com que novamente venhamos a agir de modo repressivo em relação a essas quadrilhas e facções. O melhor que pode ser feito é reprimir dentro da melhor técnica possível”, avaliou.

Últimos casos – Só em novembro dois homicídios foram registrados no Parque Aurora. O mais recente aconteceu na tarde do último dia 12 e vitimou Gleison Carlos da Silva Souza, de 28 anos. Ele foi morto a tiros na avenida Nossa Senhora do Carmo, na praça principal do bairro em um comércio de Acaí, em plena luz do dia. Gleison levou, ao menos, oito tiros e chegou a ser socorrido para o Hospital Ferreira Machado (HFM) por populares, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade.

Na tarde do dia 7, outro homem foi morto a tiros na Fazenda São José, local conhecido como “Estradinha do Capão”, próximo ao Cemitério Campo da Paz. A vítima identificada como Rodriguinho teria aproximadamente 25 anos. Em nenhum dos casos os suspeitos foram encontrados.