Polícias Civil e Militar realizam operação em busca de corpos de jovens na Chatuba
De acordo com o inspetor do Núcleo de Homicídios da 134ª DP, José Mesquita, os jovens são de Minas Gerais e estariam na região de Campos a serviço do tráfico. Eles teriam sido mortos após uma apreensão, ocorrida na comunidade, no início desta semana, em que três jovens foram detidos. Os rapazes seriam olheiros do tráfico e teriam dormido na hora da ação da Polícia Militar.
As equipes vasculharam a área, inicialmente apontada como cena do crime, mas não localizaram os corpos. A região tem mais de 10 hectares, com vasta vegetação. Durante a operação, os agentes receberam novas informações por meio de denúncias que chegaram à delegacia e ao 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Segundo denunciantes, os corpos estariam enterrados em uma região atrás de um campo de futebol, perto de uma árvore, onde eles teriam sido amarrados antes do duplo assassinato.
De acordo com os relatos, as vítimas teriam sido atraídas para o local após um convite para treinar tiros. Em diligência na região indicada, os agentes não localizaram os corpos. Pouco antes do encerramento das buscas, foram registradas novas denúncias. Os policiais verificam ainda as proximidades de um curral, atrás do conjunto habitacional da comunidade da Chatuba.
Apreensão – Três jovens, dois de 20 e um de 21 anos, foram detidos, na noite da última segunda-feira (12), por volta das 22h, na comunidade da Chatuba, por suspeita de tráfico de drogas. Com eles, foram apreendidos uma balança de precisão, 51 pedras de crack, 24 pinos de cocaína, R$ 353 em dinheiro, um cinto de guarnição com coldre e motocicleta Yamaha XT 660, de cor azul.
Atuação de cães farejadores - Segundo o comandante geral da Guarda Civil Municipal (GCM), Fabiano de Araújo Mariano, duas cadelas farejadores das raças Pastor Belga Malinois Labrador, respectivamente Kyra e Mel, foram deslocadas para a operação na Chatuba, guiadas por dois agentes. Essa é a segunda atuação do Grupamento Operacional com Cães (GOC) este ano. Até então, cães da Polícia Militar (PM) de Casimiro de Abreu eram frequentemente utilizados em operações policiais em Campos.
Mariano informou que os animais também são considerados agentes. Quando filhotes, eles passam por triagem, ou seja, testes que avaliam se estão habilitados ou não a entrar no canil e atuar nas atividades da corporação. Atualmente, cinco cães ficam no canil da base da GCM, situada próximo ao Terminal Rodoviário Roberto Silveira, no Centro da cidade.
— Percebemos que nas cidades vizinhas as Guardas Municipais estão criando os seus próprios canis. Passamos a contar com o nosso próprio canil a partir da inauguração de reforma da 134ª Delegacia de Polícia, no Centro, em abril, que contou com a presença da equipe do Batalhão com Cães da PM de Casimiro de Abreu, a convite do delegado titular da 134ª DP, Geraldo Rangel. Na ocasião, o prefeito de Campos Rafael Diniz achou interessante que a Guarda da cidade pudesse, também, auxiliar as forças policiais com cães, haja vista a crise do estado — disse.
A última operação que contou com a atuação de cães farejadores foi a Verde Oliva, deflagrada em Guarus, no último dia 16 de outubro, que resultou na detenção de 28 pessoas, entre prisões e apreensões de menores. Um dos presos foi o jogador de futebol Yuri de Carvalho da Silva, de 23 anos, atacante do Campos Atlético Associação.