O setor sucroalcooleiro encerrou a safra superando as expectativas previstas no início da colheita. O aumento da produção neste ano foi de 30%, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro). Um percentual que deixa o setor animado para o próximo ano. Ainda segundo a Coagro, cerca de 1 milhão e 400 mil toneladas de cana foram processadas pelas quatro usinas da região, o que teria resultado em 80 milhões de litros de etanol e 500 mil sacas de açúcar.

Presidente da Coagro, Frederico Paes informou que esse ano a safra foi alcooleira, já que cerca de 70% da cana moída virou etanol e o restante, açúcar.

— Foi uma safra positiva, tivemos um aumento de 30% comparado com o ano passado, uma retomada do crescimento. O setor sucroenergético está crescendo. Só na Coagro possibilitamos mais de 3 mil empregos diretos. O sucesso da nossa safra foi impulsionado pelo clima favorável, interrompendo quatro anos de seca nos canaviais. Aumentamos a produtividade e temos uma expectativa boa para o ano que vem por dois motivos: as previsões climáticas vão continuar favoráveis para nós e o produtor foi bem remunerado e, com isso, haverá investimento. Vão plantar mais cana e isso é bom para a região, gera empregos — disse Paes.

O presidente da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan), Tito Inojosa, também falou sobre o sucesso da safra. “Com a crise, os fornecedores estavam sem receber das usinas. E com a safra alcooleira as usinas conseguiram pagar os fornecedores. Mas existe uma expectativa de que o preço do açúcar melhore para o ano que vem. A nossa briga é para voltar a ter de 3 milhões a 4 milhões de toneladas de cana moída. Temos área sobrando, uma tradição de produzir cana de açúcar. Estamos muito otimistas com o resultado e esperançosos”, afirmou ele.