Ao apresentar o filme “O Céu que nos Protege”, nesta quarta-feira (28), no Cineclube Goitacá, o jornalista e poeta Aluysio Abreu Barbosa lembrou, de forma sintética, a trajetória do cineasta Bernardo Bertolucci, falecido na segunda-feira (26), citando algumas de suas obras, como “O Último Imperador” — conquistou nove Oscar, em 1988 — “Último Tango em Paris”, “Os Sonhadores” e “1900”. “No entanto, optei por exibir ‘O Céu que nos Protege’ por considerá-lo importante na sua cinematografia, embora reconheça que não é o seu trabalho mais destacado, se assim se pode considerar”, salientou.

Após lembrar que também é o filme da preferência de Gustavo Oviedo (advogado e membro ativo do Cineclube Goitacá) e de Ocinei Trindade (jornalista), Aluysio destacou as interpretações John Malkovich e Debra Winger, além da música do japonês Ryuichi Sakamoto em parceria com Richard Horowtiz e a fotografia do italiano Vittorio Storaro. “Assisti esse filme há bons anos, mas até hoje me surpreendo com a música de Sakamoto na minha cabeça. Já a fotografia de Storaro é magistral. Ele é considerado o ‘mago da luzes’, além de discípulo do pintor renascentista Caravaggio”, acrescentou.

Logo após a exibição, a plateia interagiu em várias ocasiões. “O início do filme é marcante com a chegada das pessoas no cais. Esse registro é belíssimo”, observou o professor Marcelo Sampaio. Vale destacar, ainda, que o filme é baseado num texto autobiográfico do escritor norte-americano Pawl Bowles, que, inclusive, faz a narração em off e ele próprio surge, já idoso, no final do filme.