Pouca proposta e muita acusação em debate
Suzy Monteiro 17/10/2018 21:55 - Atualizado em 19/10/2018 16:59
Muitas trocas de acusações e poucas propostas marcaram o debate entre os candidatos ao Governo do Estado, o ex-juiz Wilson Witzel (PSC) e ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), realizado ontem. O evento foi promovido pelos jornais O Globo e Extra e revista Época, com apoio institucional do banco digital Modalmais e da Fecomércio- RJ. Um dos problemas mais graves do Estado – a Saúde – foi deixado de lado. Porém, os problemas financeiros e o acordo de recuperação fiscal foram tratados.
O encontro foi quase todo dominado por temas como a popularidade do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e o impacto nas campanhas, divergências sobre Segurança Pública, “relações espúrias”, além das consequências deixadas pelo esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral (MDB). Paes chamou Cabral de “criminoso condenado”.
Paes questionou Witzel sobre o fato de o ex-magistrado ter deixado o Espírito Santo após receber ameaças e perguntou como ele pretendia enfrentar o crime organizado no Rio se ficou com medo em outro estado.
Witzel afirmou que mudou por questões profissionais: “O Espírito Santo é um estado extremamente violento, tomado pelo tráfico de drogas. Fui juiz lá na vara criminal e coloquei muita gente na cadeia, políticos. Em momento nenhum eu fui intimidado, não tenho medo de ser intimidado, tanto que fiquei mais dois anos. A decisão de vir ao Rio foi profissional. Se tivesse sido intimidado eu sairia imediatamente”.
Porém, no último debate do primeiro turno, o então candidato Romário falou sobre a mesma questão, Witzel chegou a afirmar que deixou o Espírito Santo por temer por sua vida e de sua família.
O ex-prefeito do Rio também questionou sobre a relação do ex-juiz e Mário Peixoto, sócio do presidente afastado da Alerj, Jorge Picciani, e com o advogado Luiz Carlos Azenha, que defendeu o traficante Nem.
O candidato do PSC afirmou que eles não fazem parte de sua campanha e que não é ele quem tem “presidiário de estimação”.
Em direito de resposta concedido pelos organizadores, Paes negou qualquer relação pessoal com o ex-governador e disse que era apenas institucional:
— Você diz que eu tenho relação com Sergio Cabral e Lula, que estão presos. Eu não tenho relação com presidiário nenhum. Eu não tenho nenhuma acusação, estou há 25 anos na política, e na política a gente precisa conviver com gente que nem sempre a gente concorda. Eu não tenho casa de praia, iate, nenhum desses benefícios. O Sergio Cabral é um criminoso condenado – disse e acrescentou que o ex-governador Cabral deve ressarcir o Estado do Rio.
Eduardo Paes também afirmou que Witzel está sendo apoiado por Marcelo Crivella (PRB), prefeito do Rio, o que o candidato do PSC disse desconhecer.
Sobre a recuperação fiscal, Witzel disse que pretende um alongamento da dívida sem limite e pagar de forma flexível com base nas receitas correntes do estado.
Já Paes disse que é possível negociar com a União para obter regras mais favoráveis ao estado.

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