O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou, nesta quinta-feira, a prisão do procurador de Justiça do Rio Elio Fischberg. Ele foi condenado quatro vezes por falsificar documentos. Em agosto, o Tribunal de Justiça (TJ) expediu o primeiro mandado de prisão contra ele. Em outro caso, o ex-procurador-geral de Justiça do Estado do Rio, Cláudio Lopes, foi afastado das suas funções no Ministério Público (MP) por 60 dias. A decisão é do procurador-geral em exercício Ricardo Ribeiro Martins, atendendo o pedido da Corregedoria-Geral do MP. Lopes foi denunciado por envolvimento no esquema de corrupção montado pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB) ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça. Lopes estava na 3ª Procuradoria de Justiça que atua junto à 6ª Câmara Criminal e era membro do Conselho Superior do Ministério Público.

Na última terça-feira, Cláudio Lopes foi denunciado por formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e quebra de sigilo funcional. Esta é a primeira vez que um procurador que ocupou o mais alto cargo administrativo do órgão é denunciado por crimes à Justiça.

Além de Lopes, Ricardo Ribeiro Martins denunciou ainda Cabral, Wilson Carlos, então secretário de Governo, e Sérgio de Castro Oliveira, conhecido como Serjão.

De acordo com o MP, a organização criminosa chefiada por Cabral foi responsável pela prática de diversos crimes na execução de obras custeadas com recursos federais captados pelo Governo do Estado. (A.N.)