No primeiro dia após a confirmação do surpreendente segundo turno entre o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) e o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) na disputa pelo Governo do Estado, os dois candidatos foram às ruas da capital para agradecer os eleitores.
Estreante na política, Witzel obteve 3.154.771 votos e, durante corpo a corpo em frente à Central do Brasil, disse que pretende ajustar alguns pontos da campanha e vir mais ao interior. “Vamos para Campos, Macaé, a Região Serrana e Sul Fluminense. A estratégia será afinar o debate e mostrar que as nossas propostas são técnicas e coerente”.
O candidato do PSC, que tinha apenas 1% das intenções de voto há duas semanas, segundo os institutos de pesquisas, obteve os votos de 41,3% do eleitorado fluminense, mas afirmou que não ficou surpreso com o desempenho, principalmente após conseguir colar sua imagem ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). “Já esperava ir para o segundo turno”, disse o ex-magistrado.
Witzel também falou ao jornal O Dia que o senador Romário (Pode), que aparecia em segundo nas pesquisas e terminou na quarta colocação, ainda atrás de Tarcísio Motta (Psol), ligou para parabenizá-lo. “Ele reconheceu a nossa vitória e me pediu para cuidar do nosso estado. Na conversa, o Romário me disse: ‘Serei o seu senador em Brasília’. Foi um gesto nobre dele”.
Já Eduardo Paes também caminhou pelas ruas da área central do Rio para agradecer os 1.494831 votos que recebeu e disse que a eleição é diferente no segundo turno. “Segundo turno é uma eleição em que as coisas ficam mais claras, quem é quem. Permite que as pessoas possam saber quem são os candidatos, ouvir algumas propostas”.
Paes também falou sobre a inexperiência do seu concorrente na política e lançou dúvidas sobre Wilson Witzel. “Nós vamos apresentar aquilo que somos: as pessoas que realizaram onde estiveram, tanto eu quanto o vice Comte Bittencourt (PPS). Todo mundo sabe quem eu sou, de onde eu venho e quem eu sou, não sei se é o caso do meu adversário”.
Após a derrota, Romário declarou que o resultado faz parte e relatou que pretende voltar a vida normal. “É de comum acordo de todos que o fenômeno Bolsonaro foi importante para a subida do candidato Witzel. O momento é de ficar tranquilo, refletir e voltar minha vida ao normal como senador”. (A.S.) (A.N.)