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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) passará por muitas mudanças no próximo ano. De cara, a que mais chama atenção é o fim da soberania da bancada do MDB, que há anos reinava na política fluminense. Agora, o posto é do PSL, impulsionado pela onda criada da candidatura presidencial de Jair Bolsonaro. O partido conquistou 13 cadeiras na Casa e terá maioria a partir de 2019. Para a região, o número de parlamentares no início da legislatura será o mesmo de 2015: cinco nomes. Foram reeleitos Bruno Dauaire (PRP), que tem domicílio eleitoral em São João da Barra; Jair Bittencourt (PP), de Itaperuna; e o campista João Peixoto (DC). Suplente na legislatura passada que chegou a assumir a vaga, Gil Vianna (PSL) agora foi eleito como titular. O outro nome de Campos na Alerj é o do estreante na política Rodrigo Bacellar (SD).

Com 32.656, Jair Bittencourt foi o deputado estadual do interior com maior votação entre os eleitos. Após a confirmação da vitória, o ex-prefeito de Itaperuna usou as redes sociais para agradecer aos eleitores. "Aos 32.656 eleitores que se fizeram elos da nossa corrente do bem, o nosso muito obrigado. É a corrente que transmite, que move à frente, que coloca em movimento os projetos que fortalecem a vida da gente".

No entanto, o representante da região que estará na maior bancada da Alerj será Gil Vianna. O ex-vereador de Campos obteve 28.636 votos e falou que terá como objetivo atuar também pelas pessoas com deficiência. "Minha atuação é muito ligada à área da pessoa com deficiência e estaremos na Alerj para praticar o bem".

Reeleito para o sétimo mandato consecutivo, João Peixoto conseguiu com que o partido também elegesse um segundo parlamentar, Marcelo Cabeleireiro, que tem base eleitoral também no interior do estado, mas em Barra Mansa, no Sul Fluminense. "Obrigado, meu Deus, por mais essa vitória e a todos os amigos que pela sétima vez me escolheram para ser o seu representante", comemorou Peixoto.

Também reeleito, mas para o segundo mandato, Bruno Dauaire classificou como vitória sobre política antiga. "Essa vitória é da nova política contra a velha política. O estado do Rio de Janeiro pode ter certeza de que continuará tendo um representante à altura na Alerj".

Filho do ex-presidente da Câmara Municipal de Campos, Marcos Bacellar, Rodrigo postou uma imagem nas redes sociais para agradecer aos eleitores pela vitória na sua estreia como político.

Ao todo, 70 deputados foram eleitos e formarão a composição da Alerj a partir de janeiro. O presidenciável Jair Bolsonaro teve uma expressiva vitória no estado do Rio de Janeiro, onde conseguiu 59,79% dos votos válidos e levou seu aliado, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC), ao segundo turno do Governo do Estado contra Eduardo Paes (DEM). Além disso, o partido do deputado federal, o PSL, também fez a maior bancada no Legislativo Fluminense com 13 cadeiras.

Dos quatro mais votados para deputado estadual, três são do PSL: Rodrigo Amorim, Alana Passos, Alexandre Knoploch e Coronel Salema, que, juntos somam 450.017 votos. O único a quebrar a sequência do partido bolsonarista foi Marcio Canella (MDB), o segundo mais votado.

O primeiro nome da esquerda a figurar na lista é de Renata Souza (Psol), na nona colocação, com 63.937 votos.

Além do PSL, as maiores bancadas da Alerj foram do DEM (seis), MDB e Psol (cinco), SD, PDT, PT, PRB e PSD (três).