Último debate não empolga
Aldir Sales 05/10/2018 10:47 - Atualizado em 07/10/2018 20:13
Reprodução de vídeo
Jair Bolsonaro não foi ao último debate na televisão com os candidatos à presidência, na noite dessa quinta-feira (4), na TV Globo, porém, conseguiu estar presente mesmo assim. O encontro reuniu sete presidenciáveis e foi marcado, também, pelos ataques ao segundo colocado nas pesquisas, Fernando Haddad (PT), e a Bolsonaro, que concedeu uma entrevista à Record TV no mesmo horário.
Tentando furar a polarização entre o capitão do Exército e o petismo, Ciro Gomes (PDT) buscou evitar os embates pessoais e fez tabelinhas com Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e o próprio Haddad para criticar Bolsonaro. Ao responder uma pergunta do petista sobre reforma trabalhista, Ciro acusou o candidato do PSL de “fugir do debate”. “O policial não pode ficar 49 anos correndo atrás de bandido para se aposentar. O Bolsonaro pensa igual (a essa reforma). Ele tinha que responder isso, mas infelizmente fugiu do debate”.
Em outra dobradinha que se repetiu durante a noite, Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Pode) criticaram a polarização entre Bolsonaro e Haddad apontada pelas pesquisas. O ex-governador de São Paulo disse que o Brasil não pode ir para um “segundo turno de extremos”. E foi completado por Dias: “Se permanecer assim, vai continuar sendo fábrica de escândalos”.
Também tentando fugir dos confrontos diretos, Haddad escolheu Guilherme Boulos (Psol) na maior parte das perguntas e tentou colar sua imagem a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, já no último bloco, o ex-prefeito de São Paulo foi escolhido por Alvaro Dias para falar sobre corrupção. Depois de responder que os governos do PT investiram no combate à corrupção, ouviu do ex-governador do Paraná que “não é possível acreditar que uma pessoa que diz isso vai defender o Ministério Público. Quem diz que (o ex-ministro Antonio) Palocci mente diante dos fatos que ele revela (sobre crimes que Lula teria cometido) não será um presidente capaz de impor rigor”.
O candidato do PT também foi questionado sobre Marina Silva (Rede): “25% estão votando porque não quer o Bolsonaro. 25% votam porque não querem o candidato do PT. 50% não querem nenhum dos dois. Diante dessa situação desoladora da política brasileira, qual é a autocrítica que você faz para a contruibuição do PT para esse momento difícil?”.
No entanto, Fernando Haddad desconversou e defendeu Lula. “Eu estou me apresentando ao eleitoral pois represento um projeto que deu certo. Quando falam que Lula é radical e instituiu o ódio, quando isso? Lula abriu as portas do palácio do Planalto a todos os brasileiros e governou para os mais pobres”.

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