O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) divulgou nesta terça-feira (2) que denunciou Adélio Bispo de Oliveira por "praticar atentado pessoal por inconformismo político" contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro. A denúncia foi encaminhada para a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG).
Para o procurador da República, Marcelo Borges de Mattos Medina, o denunciado "perpetrou a conduta por motivação política e com o objetivo de excluir a vítima da disputa eleitoral. Como consequência, lesionou o regime representativo e democrático".
O documento assinado nesta segunda-feira (1º) com base no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional requer que "seja recebida a denúncia, instaurando-se processo penal, com a citação do denunciado". Também pediu a intimação de oito testemunhas, que tiveram as identidades preservadas pelo MPF, para serem ouvidas.
Se for condenado, Adélio Bispo de Oliveira estará sujeito a pena de 3 a 10 anos de reclusão, aumentada até o dobro, em razão da lesão corporal grave. Ele foi preso logo após o ataque e transferido para o presídio federal de Campo Grande (MS).
Nesta segunda (1º), a defesa de Adélio Bispo de Oliveira protocolou na 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG) o resultado do exame particular para solicitar um novo pedido de avaliação de sanidade mental. O parecer psiquiátrico pedido pelos advogados apontou que o agressor sofre de transtorno delirante grave.
O atentado ocorreu durante um ato da campanha do candidato Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro, quando o denunciado, se passando por apoiador, gritando palavras favoráveis e insistindo em tirar uma foto com o candidato, deu uma facada no abdômen do candidato.