O monitoramento ambiental que compreende a parte física das áreas onde serão realizadas as intervenções de desobstrução e desassoreamento em dois trechos do rio Paraíba do Sul, no município de São João da Barra, foi iniciado ontem pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). O serviço está sendo desenvolvido para cumprir as exigências do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e as recomendações do Ministério Público Federal (MPF). Em vídeo que circula nas redes sociais, moradores se mostraram otimistas ao presenciar o trabalho da equipe das equipes no Pontal de Atafona. A expectativa é de que as intervenções tragam melhorias à região. A informação foi divulgada no blog “Opiniões” do jornalista Aluysio Abreu Barbosa, hospedado no Folha 1. A publicação lembra que, pelo menos, desde 2014, os pescadores de Atafona enfrentam grandes dificuldades para sair e voltar do mar, por causa do assoreamento.
A secretária de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Joice Pedra, relatou a importância deste monitoramento para andamento das intervenções que serão executadas através de medidas de compensação ambiental referente ao Terminal Sul do Porto do Açu.
– No caso do Pontal de Atafona, através da sondagem, será possível confirmar ou não se o material que será dragado do rio é compatível com o da areia da praia, onde será depositado – destacou a secretária, explicando que a atividade de sondagem será concluída até o final da semana e o monitoramento topográfico e aerofotogramétrico dos dois trechos do rio se estenderão durante e após as intervenções.
O professor adjunto do Departamento de Geografia Física da UERJ, Thiago Pereira, disse que a ideia é monitorar todas as fases das intervenções de engenharia que essa área da praia de Atafona, do Entreposto Pesqueiro e do meando do rio sofrerão. “Estamos coletando as características iniciais para podermos ter um controle e acompanhar o desenvolvimento da obra, em termos de relevo e das formas tanto da praia quanto do rio”, explicou.
Além do monitoramento topográfico e aerofotogramétrico, o serviço de sondagem, coordenado pelo professor de Geografia da Uerj, Rodrigo Coutinho, vem ajudando no direcionamento das ações. “Extraímos as principais características sedimentares e verificamos que, a princípio, não há existência de lama, mas prosseguiremos com esse trabalho em outros pontos para garantir a remoção desse material para faixa de praia com mais tranquilidade”, afirmou Rodrigo.
O processo de contratação das empresas que realizarão as dragagens nos dois trechos do Paraíba do Sul está sendo realizado pela empresa Porto do Açu como medida de compensação ambiental. (A.N.)