Militares das Forças Armadas realizaram durante dois dias uma operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Três pessoas morreram e seis foram presas. De acordo com o Comando Conjunto, foram apreendidos dois fuzis, uma pistola, além de munições, celular, caderno de anotações do tráfico e 1kg de cocaína. Três veículos também foram recuperados. O local é apontado como a principal área de fuga de assaltantes que agem na BR 101, principalmente entre os quilômetros 307 e 309. A insegurança no trecho é relatada desde o final de julho no blog Ponto de Vista, de Christiano Abreu Barbosa, hospedado no Folha 1. Muitos casos foram destacados por campistas, que sofreram ou presenciaram situações. A operação contou com 1.070 militares das Forças Armadas e 30 policiais federais, o apoio de blindados e aeronaves. No primeiro, as equipes fizeram um cerco na região e realizaram revistas de pessoas e veículos.

Com a operação, usuários da BR 101 esperam que a violência na rodovia diminua. Desde o início da intervenção federal da segurança pública no Rio, os números de assaltos, arrastões e até troca de tiros aumentaram na rodovia. A turista mineira Isabel Cristina Cabral Costa, de Alfenas (MG), de 50 anos, morreu após um tiroteio na rodovia. Ela voltava para casa com a família, vindos de Cabo Frio, após o feriado da Independência do Brasil. Ao parar no Posto Atrás do Muro II, uma bala perdida acertou seu braço direito, perfurando depois o tórax, o fígado e o estômago. Isabel foi submetida a laparotomia, mas não resistiu e faleceu.

A situação na “Terra de Ninguém” foi levada à Câmara Federal, pelo deputado Paulo Feijó (PR) e foi tema entre a Autopista Fluminense e a Firjan. No encontro, o presidente da instituição, Fernando Aguiar, apresentou uma proposta do Sindicato Metal Mecânico de Campos, onde sugeriu estudo para fechamento de acessos no trecho. O pedido ainda passa por análise.