O que deveria ser um dos cartões postais da cidade, o Cais da Lapa, no Centro de Campos, conta com quiosques em estado precário e construções nunca inauguradas. Em 2015, o projeto da Prefeitura previa reurbanização e tratamento paisagístico com praça de alimentação, ampliação dos quiosques e reforma dos banheiros, dois deles com acessibilidade. No entanto, o que se vê no local é muita sujeira na Orla II e grades dos banheiros arrombadas.

Nos banheiros ainda é possível ver todo tipo de lixo, desde travesseiro até preservativo usado, que, somados à água de chuva e urina, acumulam lama e provocam mau cheiro.

O motoboy Marcos de Oliveira, 32 anos, mostrou indignação. “Nunca vi esse banheiro funcionando, o lugar só acumula sujeira e abriga moradores de rua. É uma pena, porque esses quiosques ficam em frente ao Paraíba e poderia ser um point com música ao vivo, como acontece em São João da Barra”, disse.

O empresário Marco Antônio Mendes disse que evita passar próximo ao local com medo de assaltos. “O bairro é tradicional e tem uma beleza inspiradora. Mas, a gente imagina que alguém possa estar escondido e anunciar um assalto ou até fazer alguma covardia”, disse.

Com tudo isso, há quem dedica mais de 30 anos ao trabalho nos quiosques antigos. Por medo de perderem o direito ao ponto, comerciantes preferiram não falar a respeito.

Em nota, a Prefeitura de Campos informou que a “Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca) informa que o projeto inicial não contemplava todos os permissionários que atuavam no local, portanto, foram necessárias providências, que estão em andamento, para adequar o projeto atendendo a mais permissionários. Entre as medidas, estão o levantamento das necessidades, adequações ao projeto e termo de referenciamento para conclusão da obra. O funcionamento e manutenção dos banheiros serão de responsabilidade dos permissionários, quando os quiosques estiverem em atividade, por isso, ainda não estão funcionando. Em relação à limpeza, uma equipe será encaminhada ao local para as devidas providências”.