Americano: planos no cenário nacional
Paulo Renato Pinto Porto 02/10/2018 21:58 - Atualizado em 03/10/2018 15:56
A Copa Rio, competição que permitirá ao clube campeão disputar novamente uma competição nacional, é uma das ambições do Americano este ano. O primeiro jogo decisivo nesta quarta-feira, entre o Alvinegro e o Itaboraí (ADI), será no Alzirão, às 15 horas. O segundo está marcado para sábado em Cardoso Moreira. Ao campeão caberá escolher entre a Copa do Brasil ou o Brasileiro da Série D.
Os confrontos reúnem dois rivais que nos últimos anos travaram disputas acirradas dentro e fora do campo. Em 2016, o Americano foi eliminado da Série B1 após o Itaboraí denunciar o clube campista à Justiça Esportiva. O Americano foi eliminado por conta de uma suspeita de manipulação de resultados, que prejudicava a ADI, vinda através de um áudio de um dirigente do Cano.
O presidente Carlos Abreu, descartou clima de revanche.
— Isso faz parte do passado, inclusive estive com o presidente do Itaboraí no jogo da nossa classificação. Até porque aquele episódio não aconteceu em nossa gestão. Os erros do passado têm que ficar no passado — disse.
No Itaboraí, a recíproca é a mesma de parte do presidente Junior Cardozo.
— Eu apenas defendi os interesses do meu clube. Na semana passada falava com o Carlos (Abreu), parabenizando-o pelo sucesso do Americano — afirmou.
O meia Gustavo Tonoli, suspenso, está fora do jogo. Já o zagueiro Admilton, lesionado, será avaliado nesta quarta.
No Itaboraí, alguns jogadores deixaram o clube por problemas financeiros, inclusive o atacante Edu e o meia Douglas, destaques da equipe.
Duelo entre treinadores de duas gerações
O confronto entre os dois times também reserva uma disputa especial à beira do campo, entre treinadores de duas gerações. De um lado, o carioca Josué Teixeira, 58 anos, de larga experiência e com passagem por 18 clubes. De outro, o campista Rafael Soriano, 32 anos, que começou na base do Goytacaz em 2003.
— O Soriano, além do bom trabalho no Campos, assumiu o Itaboraí, que vinha mal na Série B1, recuperou a equipe e agora decide a Copa Rio. É sempre salutar o surgimento de novos treinadores. E começando a carreira em clube de menor investimento isto só lhe favorece quando ele estiver num clube de maior projeção — analisou Josué.
Soriano avalia que o êxito do Americano se deve em grande parte a Josué.
— Ele dispensa comentários. Tem feito excelente trabalho por onde passa, inclusive no Macaé, onde deixou grande legado. No Americano, é indiscutível sua importância nesta fase que o clube atravessa — analisou.

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