No ano de 1865, a Mesa Administrativa deliberou comprar um terreno e nele construir um templo para que o culto a São Benedito ali pudesse funcionar em caráter permanente. Assim, depois de uma exaustiva procura, a Irmandade encontrou um terreno que foi considerado adequado, já que ele seria suficientemente grande para nele construir o templo, e permitir a construção de jardins ao seu redor. O terreno que a Irmandade escolheu e logrou comprar era de propriedade da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes. Por isso, na sessão da Câmara de 15 de março daquele ano, foi lido e aprovado um requerimento da comissão encarregada pela Irmandade de São Benedito, que propôs a compra do terreno que era situado na frente da Praça Municipal, compreendido entre as ruas do Príncipe (hoje Rua Marechal Deodoro) e Ouvidor (hoje Rua Marechal Floriano), fazendo face com a Travessa do Curral (hoje Rua Conselheiro Otaviano) e fundos com os terrenos dos herdeiros de José Francisco de Oliveira (hoje Rua Dr. Alcindor Bessa), para nele ser edificada a capela do glorioso santo.

Em 22 de outubro de 1865 foi colocada a primeira pedra comemorativa do início das construções. Para essa celebração, foi conduzida, em procissão, a imagem de São Benedito, da Igreja do Rosário até a Praça Principal, e o Vigário Cônego João Carlos Monteiro, acolhido pelo capelão da Irmandade, procedeu ao benzimento da pedra angular, depois que a imagem regressou novamente para a Igreja do Rosário.

No ano seguinte (l866), no mês de abril, começaram efetivamente as obras de construção, de acordo com a planta desenhada por Leandro Batista Lory. As obras foram executadas segundo a planta, que contemplava uma capela-mor em estilo corinto. Entretanto até os nossos dias só se construiu uma das duas torres originalmente projetadas. As construções do templo foram dirigidas pelo engenheiro João Corrêa Fernandes e pelo mestre de obras Chrispim Corrêa da Silva. Era então tesoureiro da Irmandade o irmão João Francisco de Oliveira Filho, e posteriormente o irmão Silvestre José Pereira Guimarães, que foram baluartes da Irmandade para a ereção do seu templo.

Em 1868, o então tesoureiro, padre Manuel de Oliveira Pecegueiro, promoveu uma subscrição em favor das obras, entre as pessoas ricas da cidade que pudessem contribuir com 1:000$000, ajudando-o nessa tarefa os irmãos Joaquim Gomes Barroso, Antônio Ribeiro de Castro (dr.) e Felismino José Teixeira. Em 1874 as obras prosseguiram, e vinham tendo sempre a melhor cooperação do irmão Silvestre Guimarães, bem como a dos senhores Francisco José de Oliveira Castro, Francisco Dias Furtado, José Gomes Barroso e do dr. Antônio José de Matos Júdice.

No dia 24 de dezembro, véspera do Natal de 1875, não obstante ainda não se acharem concluídas todas as obras de construção do templo, pela parte da manhã houve os rituais da bênção do novo templo, seguido de missa, e à tarde, em solene procissão foi feita a transladação da imagem do milagroso São Benedito, da igreja do Rosário, onde se encontrava por muitos anos, para a sua nova Igreja. Nessa época era então Juiz da Irmandade o irmão Antônio José Pereira Martins.

Deteriorou a infraestrutura interna da Igreja de São Benedito fazendo com que o templo ficasse fechado por aproximadamente 07 anos (1940-1947) e foi graças ao trabalho e empenho pessoal da senhora Cacilda Bastos da Cruz, como agradecimento por graças recebidas pela intercessão de São Benedito que se logrou reparar o templo e reabrir a Igreja. A senhora Cacilda Bastos da Cruz teve o beneplácito e o incentivo do então Prior da Irmandade Manoel Augusto Bastos, que para a restauração do templo usou recursos próprios; de seus familiares e da comunidade campista em geral. Posteriormente, para também garantir a presença de um sacerdote residente, o irmão Lenício Viana da Cruz, com recursos próprios e contribuições da comunidade, construiu nos terrenos da Irmandade uma casa para servir de residência para o páraco de São Benedito.

Hoje, o templo de São Benedito vem passando por uma completa reforma e já se encontra podendo realizar as suas tradicionais reuniões, proporcionando aos seus fiéis e frequentadores melhores condições para suas devoções.