Uma exposição que visa contar os 70 anos de funcionamento da Firjan Senai Campos será aberta nesta terça-feira (9), às 16h, na sede da instituição, localizada na rua Bruno de Azevedo, 37, no Parque Tamandaré. A mostra, intitulada “Memória da Indústria — 70 Anos da Firjan Senai”, contará com sete painéis. Eles destacam os momentos mais importantes da instituição, que já formou mais de 65 mil alunos. Também nesta terça, acontece um evento em celebração às sete décadas com a presença do presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Viera, empresários, alunos e ex-funcionários. As comemorações ainda continuam nos dias 16 e 17, com palestras sobre Empreendedorismo e Inovação, abertas aos alunos das redes pública e privada da cidade.
A história da Firjan Sesi é marcada pela preparação de mão de obra qualificada para a indústria e por oportunidades criadas por meio da educação profissional. Ao longo das sete décadas, formou profissionais que hoje atuam nas mais diversas áreas da indústria. Alguns se tornaram, também, empresários, como é o caso de Thieres Rodrigues, proprietário da Fiel Confortex. “O Senai foi muito importante na minha vida profissional. Foi lá o meu início”, afirma.
Tudo começou em 1947. Por recomendação do Departamento Regional do Rio de Janeiro, foi realizado um levantamento das necessidades do parque industrial da região Norte Fluminense, constituída, na sua maioria, por usinas de açúcar. Na época, eram 23 indústrias do ramo, sendo 15 em Campos, quatro em Macaé, uma em Miracema, uma em São Fidélis, uma em São João da Barra e uma em Itaperuna. A produção/safra chegava a 3.006,000 sacos de açúcar. Havia carência de mão-de-obra especializada nas áreas de metal e madeira.
Ainda em 1947, o Departamento Regional definiu que seria instalada uma unidade em Campos. Seguindo a nomenclatura adotada na época pelo Sistema Senai, foi denominada Escola 9-1, que funcionava em um prédio alugado, na avenida 28 de Março.
Em 1948, novas instalações foram criadas, com a montagem da Escola 9-2. Ela atendia à formação da mão-de-obra para Companhia de Fiação e Tecidos Industrial Campista, conhecida como Fábrica de Tecidos.
Em março de 1949, o Senai alugou uma garagem de consertos de automóveis, na avenida José Alves de Azevedo (Beira-Valão). Ali, foram instaladas oficinas. Eram as seções de Ajustagem, Tornearia e Marcenaria.
Quatro anos depois, a Escola 9-1 foi transferida para as atuais instalações da Firjan Senai, na rua Bruno de Azevedo. Os dois galpões foram adquiridos na Inglaterra e tinham sido utilizados na África, durante a Segunda Guerra Mundial, para abrigar aviões britânicos. A instituição seguiu formando mão de obra para a indústria sulcroalcooleira e, também, para a Petrobrás, já instalada na região. O prédio passou por diversas reformas para se adequar às demandas e novas tecnologias utilizadas nos cursos.
Em 2012, um novo prédio anexo foi construído, com o início das operações do Porto do Açu, tendo equipamentos e maquinário voltados para a área de minério. Em 2014, foi inaugurada a Padaria Escola, com o objetivo de qualificar profissionais do ramo de padarias da região.
Também houve inovações em 2016. A Firjan inaugurou, em Campos, o primeiro FabLab do interior do Estado. O laboratório, parte de uma rede mundial criada pelo Instituto de Tecnologia Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), foi feito para estimular a inovação, com espaços de fabricação digital voltados, principalmente, para a prototipagem, tornando-se referência na rede.
O presidente regional da Firjan, Fernando Aguiar, destacou que a escola vem se modernizando em consonância com o mercado e atuação do setor produtivo.
— Novos equipamentos e modelos pedagógicos, como o FabLab e simuladores, preparam nossos jovens para as novas profissões e desafios da nova economia. A sociedade reconhece nosso trabalho — disse. (J.H.R.) (A.N.)