Clima ácido, críticas e disputa por eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro marcaram o debate promovido, nessa sexta-feira, pela rede Record entre candidatos ao Governo do Estado do Rio. Esta foi o primeiro encontro deles após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter indeferido o registro de candidatura de Anthony Garotinho (PRP). Romário (Podemos) foi o único candidato a comentar a ausência de Garotinho no debate, afirmando: “Decisões judiciais foram feitas para que sejam cumpridas, mas a ausência do Garotinho é ruim para o debate”.

Indio da Costa (PSD) e Wilson Witzel (PSC) disputaram quem era mais Bolsonaro. A polêmica começou quando Tarcísio Motta (Psol) citou a manifestação de mulheres contra Bolsonaro (#EleNão), prevista para ocorrer neste sábado. Tarcísio perguntou a Indio – que declarou voto a Bolsonaro - se ele acreditava que as mulheres deveriam ganhar menos que os homens e se defendia a tortura.

Indio não respondeu aos questionamentos, mas reafirmou que votará em Bolsonaro e pediu voto para o presidenciável. Tarcísio rebateu Indio: “você é o que há de pior e mais atrasado na política brasileira. Está tentando surfar na política do ódio”, disse ele, declarando ainda que estará nos atos marcados para este sábado. Witzel entrou no jogo, querendo angariar para si a proximidade com o ex-capitão do Exército e atacou o candidato do PSD: “O Indio não teve coragem de defender Jair Bolsonaro. Sou amigo de Bolsonaro, nós defendemos direitos iguais (entre homens e mulheres)”. Ele também atacou Paes, insinuando que ele poderia ser ligado a grupos milicianos.

Líder nas pesquisas, Eduardo Paes (DEM) foi alvo, com os adversários a toda hora tentando liga-lo ao governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB) e ao ex-governador Sérgio Cabral.

Romário atacou os adversários. Chamou Paes de Duduzinho e Witzel de “frouxo” por ter fugido do Espírito Santo para o Rio. O ex-juiz disse que ele e a família tinham sido ameaçados de morte. Romário também o chamou de “ao atirador de estalinho”. (S.M.) (A.N.)