O ex-ministro José Dirceu teve a pena reduzida de 11 anos e 3 meses para 8 anos e 10 meses em julgamento, nessa quarta-feira (26), no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. Essa é a segunda condenação dele na Lava Jato. Neste caso, o ex-ministro responde por irregularidades em contrato para fornecimento de tubos para a Petrobras. Também nessa quarta, a Polícia Federal (PF) prendeu Pepe Richa, irmão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), e mais 14 pessoas na 55ª fase da Operação Lava Jato.
Dirceu ainda pode recorrer da decisão no TRF-4. O julgamento havia começado em 30 de maio, mas foi suspenso pelo pedido de vista do desembargador Victor Laus. Na ocasião, o relator dos processos da Lava Jato em segunda instância, João Pedro Gebran Neto, havia votado pela redução da pena para 8 anos e 10 meses. Nesta quarta, o voto dele prevaleceu.
Gebran manteve a condenação pelos mesmos crimes (corrupção passiva e lavagem de dinheiro), mas reduziu a pena, considerando atenuantes. Como, por exemplo, a idade avançada do réu — Dirceu tem 72 anos. Além disso, pelo voto do magistrado, não foram aplicadas circunstâncias majorantes do Código Penal como quando o funcionário público praticante de crimes contra a Administração ocupa cargo em comissão, de função de direção ou assessoramento em empresa pública.
Integração II — A operação investiga irregularidades nas rodovias do Paraná. O diretor da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) João Chiminazzo Neto é alvo de uma ordem preventiva de prisão. O empresário Luiz Abi Antoun, um dos alvos de prisão temporária, está no exterior, segundo sua defesa. (S.M.) (A.N.)