O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmou, nessa quarta-feira (26), que o ex-governador Anthony Garotinho (PRP) está impedido de votar em outubro. De acordo com o TRE, o juízo da 98ª Zona Eleitoral de Campos determinou a anotação do impedimento no caderno de anotação. No entanto, a sanção tem a ver com sua condenação por calúnia contra um juiz federal e não pelo processo que levou a Corte a considerar o candidato ao Governo do Estado como ficha suja. O político da Lapa conseguiu uma liminar com o ministro Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para liberação da sua campanha até julgamento do mérito do caso pelo TSE. A informação foi publicada no blog Na Curva do Rio, da jornalista Suzy Monteiro, hospedado no Folha1.

A condenação é a mesma pela qual a Justiça chegou a determinar condução coercitiva para que Garotinho comparecesse a uma audiência para início de cumprimento da pena, no início do mês. Também por este processo que o ex-governador precisa pedir autorização da Justiça para viagens durante a campanha eleitoral.

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) também pediu a inelegibilidade de Garotinho por esta condenação, uma vez que já foi transitada e julgada, mas o TRE ainda não se manifestou. A decisão anterior do TRE que considerou o campista ficha suja diz respeito a sentença do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) que o considerou culpado por desvio de R$ 234,4 milhões da Saúde quando sua esposa, Rosinha Garotinho (Patri), era governadora.

Em nota, o TRE confirmou a informação. “O juízo da 98ª Zona Eleitoral já determinou a anotação, no caderno de votação, do impedimento de Anthony Garotinho de votar, nos termos do artigo 12 da Resolução TSE 23.556/2017, segundo o qual ‘as decisões de cancelamento e suspensão de inscrição que não tiverem sido registradas no cadastro nos prazos previstos nesta resolução deverão ser anotadas diretamente nas folhas de votação, de modo a impedir o irregular exercício do voto’”.