Aldir Sales
25/09/2018 10:23 - Atualizado em 26/09/2018 18:25
A saúde pública é um dos grandes problemas do país e no Rio de Janeiro a situação foi agravada com a crise financeira que o estado viveu nos últimos anos e que levou o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) ter as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado por, entre outras coisas, não repassar para a Saúde os 12% de todo orçamento do governo para a Saúde, como manda a Constituição. Posteriormente, a Assembleia Legislativa aprovou o balanço financeiro do emedebista. Mas você sabe o que os candidatos ao Governo do Estado propõe para melhorar essa situação?
Dando continuidade à série de matérias, a Folha da Manhã publica, nesta terça-feira (25), algumas das propostas dos cinco primeiros colocados nas últimas pesquisas para a área da saúde. No último domingo, o primeiro tema abordado foi segurança pública. Confira o que diz cada candidato em seus planos oficiais de governo.
Eduardo Paes (DEM):
• Fortalecer o Sistema Único de Saúde, garantindo o financiamento adequado, com o cumprimento do percentual orçamentário previsto na lei;
• Integração entre unidades de saúde federais, estaduais e municipais;
• Fazer uma reformulação completa da estrutura, sistemas e pessoal responsável pela Central de Regulação do Estado;
• Liderar e reforçar os instrumentos de gestão regionais para ampliar o atendimento próximo do domicílio;
• Recuperar a sucateada rede de urgência e emergência;
• Criar o programa “Cegonha Fluminense”, melhorando a rede de cuidado materno infantil;
• Implementar as redes de saúde mental, infectologia, odontologia, atenção ao idoso, renais crônicos, atendimento a adolescentes e crianças.
Romário (Pode)
• Restabelecer o nível de participação do orçamento da secretaria estadual de Saúde para os níveis legais previstos;
• Estruturar e liderar consórcios entre municípios, sob a ótica de políticas regionais de Saúde;
• Reabertura das emergências de grandes hospitais estaduais;
• Criação de central única de cotação e compras de materiais médicos, insumos e medicamentos hospitalares;
• Ampliar a utilização do Instituto Vital Brasil para produção de medicamentos cujas patentes já estejam quebradas, de forma a reduzir o custo de aquisição para o estado;
• Realizar esforço concentrado nos hospitais da rede estadual, a fim de se reduzir as filas de espera por cirurgias eletivas;
• Estruturar uma central de atendimento onde todas as informações serão disponibilizadas em tempo real.
Anthony Garotinho (PRP)
• Implantar Central Única de Controle e Gerenciamento de Leitos Hospitalares;
• Exercer fiscalização rigorosa aos contratos de gestão com Organizações Sociais;
• Abrir concurso para médicos e profissionais de saúde;
• Reimplantar o programa Farmácia Popular;
• Implantação de calendário estadual de vacinação;
• Integrar as unidades federais, estaduais e municipais;
• Complementar a oferta desses serviços por meio da contratação de instituições filantrópicas e privadas;
• Implantar o Plano de Cargos e Salários para os profissionais de saúde;
• Implantar programas de telemedicina assistenciais e saúde digital, que permitirão diagnósticos precoces, com tratamento imediato à distância.
Indio da Costa (PSD)
• A política pública de saúde de acordo com o perfil epidemiológico de cada região;
• Investimento na atenção básica em parceria com os municípios;
• Apoio técnico para implementação dos programas de saúde e na busca de recursos federais;
• Implantação de gestão de recursos humanos eficiente;
• Fim de indicações políticas nos hospitais;
• Atrair os melhores profissionais com intuito de recuperar a saúde do estado;
• Oferecer capacitação dos profissionais da Saúde;
• Investir nas universidades, em especial a Uerj, para a produção de conhecimento e a oferta de profissionais para o governo.
Tarcísio Motta (Psol)
• Ampliar os recursos destinados à Saúde com a aplicação do mínimo constitucional de 12% das verbas estaduais;
• Regionalizar as ações da secretaria de Estado de Saúde, dando prioridade para os territórios mais vulneráveis e com menos recursos;
• Promover a revisão e auditoria de todos os contratos de terceirização;
• Implementar um plano de transição do sistema atual, que prioriza a gestão privada, para um sistema de gestão pública;
• Garantir a recomposição salarial dos servidores da Saúde;
• Realizar concursos públicos para a recomposição do quadro de servidores;
• Implementar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários já aprovado na Assembleia Legislativa;
• Reestruturar os sistemas de regulação de leitos, serviços ambulatoriais e diagnósticos.