Aluysio Abreu Barbosa
18/09/2018 21:32 - Atualizado em 20/09/2018 14:26
“Seria lamentável termos que optar entre (Jair) Bolsonaro (PSL) e (Fernando) Haddad (PT). Mas ainda temos 20 dias para encontrar a melhor solução”. Foi o que disse nessa terça-feira, em Campos, o presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello (Rede). Também candidato a deputado federal, ele passou por Campos e municípios vizinhos em campanha ao lado da também candidata a deputada estadual Thaís Tostes (Rede). Seu nome chegou a ser cogitado para ser vice na chapa de Marina Silva a presidente, mas a vaga acabou sendo ocupada por Eduardo Jorge, depois da aliança da Rede com o PV.
Apesar da queda acentuada nas pesquisas de intenções de voto nas últimas pesquisas (Marina chegou a 16%, antes de cair para 11% e, depois, 8%, nas últimas três consultas Datafolha), Eduardo continua acreditando nas chances da presidenciável:
— Votei nela a presidente em 2010 e 2014. E vou fazê-lo de novo, com convicção, em 7 de outubro. Marina tem o melhor projeto para o Brasil. Sua queda nas pesquisas se deu por dois fatos novos: o atendado a Bolsonaro e a definição de Haddad como candidato do PT. Mas ela está confiante em reconquistar seu espaço nesses próximos 20 dias — disse o presidente do Flamengo.
Bandeira de Mello e Marina se conheceram quando ele era chefe do departamento de Meio Ambiente do BNDES e ela, ministra de Meio Ambiente. Depois ele se elegeu a presidente do Flamengo, cargo que ocupa há seis anos. E considera a experiência no clube válida à política partidária, na qual só ingressou este ano, a convite da presidenciável:
— Marina me convidou para ingressar na Rede. Por confiar muito em sua liderança, atendi. Lógico que você estar na presidência do time de futebol mais popular do país, ajuda a se tornar conhecido. Só não misturo o Flamengo com política partidária. Não uso suas cores em campanha, nem faço panfletagem em dias de jogo. Mas o nosso trabalho em resgatar as finanças a autoestima do clube é reconhecido. Não só por flamenguistas, como por outros torcedores, que nos cumprimentam nas ruas. É uma experiência que pode ser aproveitada no Congresso, que precisa se dar o respeito. Não dá mais para legislar em causa própria, como na aprovação do Refis para beneficiar empresas dos próprios parlamentares — afirmou Bandeira.