O candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo informações do boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein na noite desta terça-feira (11). De acordo com a unidade hospitalar, ele passou para uma unidade de cuidados semi-intensivos.
O boletim também afirma que foi iniciada "uma dieta leve, com boa tolerância do paciente sem apresentar náuseas ou vômitos". Ele permanece sem febre e sem sinais de infecção, recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa.
Bolsonaro está internado desde sexta (7) no hospital na Zona Sul de São Paulo se recuperando de uma facada levada durante ato de campanha no Centro de Juiz de Fora (MG), na tarde de quinta (6).
Também nesta terça-feira, Bolsonaro postou nas redes sociais um agradecimento ao evento de campanha de Juiz de Fora, onde acabou esfaqueado. “Nada apagará a chama da esperança que presenciamos nos olhos de cada um presente neste grande dia!”, disse na postagem, que contém também um vídeo aéreo do evento. As imagens não mostram o ataque.
A publicação ainda afirma que segurança é prioridade. "As pessoas precisam de emprego, querem educação, mas de nada adianta se continuarem sendo vítimas de latrocínio a caminho de seus trabalhos; de nada adianta se o tráfico de drogas permanecer na porta das escolas", disse. O político também criticou a ação de marqueteiros nas campanhas eleitorais.
Na parte da tarde, o presidenciável recebeu a visita do músico Roger Rocha, que postou foto com o político em suas redes sociais.
STF rejeita denúncia contra deputado
Ainda nesta terça-feira, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu rejeitar, por 3 votos a 2, a denúncia de racismo contra Bolsonaro. Com isso, o caso será arquivado.
Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) em abril, em razão de falas consideradas racistas numa palestra que fez no ano passado, no Clube Hebraica do Rio de janeiro.
Na ocasião, disse que, se eleito presidente, não destinará recursos para ONGs e que não vai ter “um centímetro demarcado” para reservas indígenas ou quilombolas. E acrescentou: “Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí. [...] Eu fui num quilombo, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gastado com eles”. (A.N.)