O ex-governador Anthony Garotinho (PRP) foi condenado a um mês e 10 dias de detenção por injúria ao desembargador Luiz Zveiter. Desde 2016, Garotinho vem creditando a operação Chequinho, que o levou à prisão por duas vezes, à perseguição política e jurídica por denúncias que fez contra o desembargador. Em função da condição de Garotinho, candidato ao Governo do Estado, a pena foi convertida em serviços comunitários.
Em texto publicado em seu blog, sob o título “A escandalosa operação chequinho”, Garotinho afirmou em que, enquanto presidente do Tribunal de Justiça do Rio, o desembargador teria recebido propina da Delta e que estaria ameaçando, através de terceiros, as pessoas que tentassem denunciá-lo à Procuradoria Geral da República.
Disse a juíza Marta de Oliveira Cianni Marins, da 23ª Vara Criminal da Capital, em parte da sentença: “Como se observa, o conjunto probatório é seguro e aponta a autoria e a materialidade do delito, bem como o dolo com que o réu agiu, razão pela qual a condenação deve prevalecer, inexistindo circunstâncias excludentes. A conduta do crime de injúria foi praticada em face de um desembargador e ex-presidente do Tribunal de Justiça deste Estado, por meio que facilitou a divulgação da injúria”, destacou a juíza.
Em nota, o ex-governador Garotinho afirmou: “No Brasil atualmente, falar a verdade gera condenação por injúria. Quanto à prestação de serviços à comunidade, não precisa de condenação, pois já faço isso há mais de 40 anos”.